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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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na verdade, como um «Conceito de Coisa», na conceptologia de FRIEDRICH HAYEK, e mais, como um<br />

«Conceito-de-Ordem»: Cfr., a este respeito, numa curiosa convergência pontual com HEIDEGGER e na<br />

«Nota Crítica» por HEINRICH KLÜVER <strong>ao</strong> <strong>livro</strong> de F. A. HAYEK, intitulado: The Sensory Order ... [ver<br />

o Ponto 8., do presente Capítulo I, alínea b)], a distinção entre «Conceitos-de-Coisa» (ou «de Substân-<br />

cia») e «Conceitos Relacionais» (ou «de Função»): a «Mente» (e o «Ser Humano», lògicamente ...) são,<br />

para F.A. HAYEK, também e tão só, um «Complexo de Relações», não uma «Substância» !!!<br />

Em relação à Natureza Humana, assim entendida — e, bem assim, em relação também <strong>ao</strong> «Mundo»<br />

em que o homem Ex-siste e Vive, pois que «<strong>Um</strong>a Certa» «Auto-Compreensão» não está, em absoluto,<br />

desligada de «<strong>Um</strong>a Certa» «Pré-Compreensão» do próprio «Mundo», como o seu «Horizonte», sendo<br />

este predominantemente um «Mundo Social ou Civilizacional» —, pode ter-se <strong>Um</strong>a Atitude Fundamen-<br />

tal, que poderá oscilar entre os extremos de um Optimismo ou de um Pessimismo absolutos, com as suas<br />

gradações intermédias de um Optimismo ou de um Pessimismo relativos: cfr. LOGOS - Enciclopédia<br />

Luso-Brasileira de Filosofia, volume 3, 1991, págs. 1247-1250, para Optimismo; e volume 4, 1992, págs.<br />

93-95, para Pessimismo.<br />

Contra o Pessimismo crítico deflectido e desiludido de certa Direita (pelo menos, aquela Direita mais<br />

vincadamente moralista e superegóica, conservadora, fixista e, por vezes, tendencialmente autoritária,<br />

nacionalista e reaccionária ou retrógada, para a qual o homem seria naturalmente mau e incorrigivel-<br />

mente imperfectível e na qual teremos de incluir, de certo modo, a catastrófica crítica heideggeriana <strong>ao</strong><br />

mundo da técnica, em nome de uma tradição ou de um passado perdidos, ou ainda a concepção hobbesiana<br />

segundo a qual o estado anterior à sociedade constituída, no qual podemos recair a todo o momento, teria<br />

sido um «estado de guerra de todos contra todos»...); e contra também o Optimismo ingénuo, inflaccionado<br />

e grandioso (e fortemente dogmático, mas completamente infundado) de certa Esquerda e da Intelligentzia<br />

dita «progressista» (democratas dogmáticos ou ditos «autênticos», socialistas hard ou soft, comunistas,<br />

anarquistas, feministas, igualitaristas e ecologistas radicais ou fundamentalistas, marxistas em geral, etc.) —<br />

para quem o homem seria originaria e naturalmente bom, puro, sociável (e só sociável...), fraterno,<br />

ilimitadamente perfectível, bem como também a sociedade, que se poderia manipular livremente no<br />

sentido de também uma ilimitada perfectibilidade ideal, sendo o papel da utopia e da revolução<br />

justamente o de reconduzir o homem e a sociedade a um estado de pureza, de perfeição, de bondade e<br />

de felicidade de que eles se teriam afastado no decurso do tempo e com a evolução corruptora e<br />

desviante da civilização, que os teriam pervertido, como queria ROUSSEAU... (por isso, essa Esquerda é,<br />

afinal, no fundo, profundamente reaccionária...) — nós temos defendido, seguindo de perto o pessimismo<br />

(que nós preferiríamos dizer realismo) de FREUD em relação <strong>ao</strong> Homem (à natureza humana) e à<br />

Civilização, um fundado Optimismo Crítico e Realista, no sentido do «Realismo Crítico» Popperiano, mas<br />

de algum modo também correspondente <strong>ao</strong> «Optimismo Relativo» do «Realismo Cristão», em relação <strong>ao</strong><br />

Ser Humano e à Sociedade.<br />

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