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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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“Sistemas Elevadamente Complexos”. Ou seja, um “Paradigma Interactivo Epigenético Não<br />

Determinista”».<br />

[E vem a propósito lembrar, justamente a propósito do Totalitarismo do Século Vinte, acima referi-do<br />

por HAYEK, sem distinções especiosas, que, recentemente, já neste último ano e, pelo menos em<br />

Portugal, na linha de uma espécie de «Contabilidade do Século», entrou na «Moda» o Ensaiar-se uma<br />

tentativa de Comparação Avaliativa do Totalitarismo Estalinista, Comunista e Soviético (o fenómeno<br />

ES-TALINE) com o Totalitarismo do Holocausto Nazi (o fenómeno HITLER), concluindo-se,<br />

geralmente, por uma «Atitude» relativamente Favorável e de alguma Indulgência em relação <strong>ao</strong><br />

Primeiro, enquanto seria «Apenas» o Segundo que repesentaria o Mal Absoluto !<br />

Assim, diz-se, o Primeiro teria sido «apenas» uma guerra civil, uma guerra de classes, de acordo,<br />

aliás, com a sua ideologia fundadora, quando muito resultado de uma «compreensível» turbulência<br />

revolucionária e política, enquanto que o Segundo teria tido «um carácter único», pois teria sido já<br />

um autêntico genocídio rácico, deliberada, consciente e sistematicamente teorizado e conduzido<br />

especifica-mente contra uma determinada etnia ou cultura, por isso muito mais perverso e<br />

condenável !<br />

Neste sentido, podia ver-se, por exemplo, já os <strong>texto</strong>s de SIMON KUIN e de RUI ROCHA, intitulados,<br />

respectivamente, As aspas revisionistas e O polvo, publicados no Expresso-Cartaz de 23 de Agosto de<br />

1997.<br />

E o próprio Dr. MÁRIO SOARES, no <strong>texto</strong> já por nós anteriormente referido publicado no Expresso-<br />

-Revista de 29 de Novembro de 1997, sob o título Governar à Esquerda, que é o Prefácio integral de um<br />

<strong>livro</strong> de Juventude Socialista, apesar de ser, para nós, uma pessoa insuspeita a respeito das suas<br />

posições de rejeição em relação a qualquer espécie de Totalitarismo, não deixa contudo de «Flirtar»<br />

com essa «Tentação» de Comparação <strong>deste</strong>s dois Totalitarismos, <strong>ao</strong> tentar encontrar uma pretensa<br />

justificação para com as raízes ideológicas de cada um deles e de, pelo menos, aparentar alguma<br />

«simpatia», ou «indulgência», para com as origens ideológicas do Comunismo, que diz ter uma<br />

«Matriz» humanista e libertadora, enquanto o Nazismo seria intrinsecamente perverso e «de<br />

direita», pelos seus apelos <strong>ao</strong>s conceitos de «Raça», etc.<br />

O que nos espanta é sequer esta mesma tentativa, a todos os títulos absurda, de se vir agora compa-rar<br />

e avaliar dois fenómenos que são, os dois, a essência da perversidade, da barbárie e do Mal Absoluto<br />

(o que se pretende ver apenas no Segundo), ambos manifestações de um mesmo fenómeno, o<br />

Totalitaris-mo, que ANTHONY GIDDENS diz, com toda a sua autoridade reconhecida, estar<br />

potencialmente conti-do no Âmago mesmo da Modernidade. Quando acontece até que, se fosse moral<br />

e teoricamente «possível» <strong>fazer</strong> uma tal comparação, o Primeiro, em termos dos seus resultados e<br />

números de vítimas, parece que teria até ultrapassado largamente o Segundo, pois, enquanto este<br />

contabilizaria «apenas» 25 Milhões de mortos, para o Primeiro «já» estariam estimadas cerca de 200<br />

milhões de vítimas ! Além de que o Nazis-mo não perseguiu só Judeus: também perseguiu e eliminou<br />

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