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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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11 - <strong>Um</strong> «Pluralismo Limitado» ou um «Relativismo Moderado».<br />

a) — O indesmentível e desejável Pluralismo Social e Cultural Reais de uma Comunidade/Socieda-<br />

de Aberta e Complexa dos nossos dias (que vimos ser tanto um Pluralismo Horizontal, como um Plura-<br />

lismo Vertical), se implica, decerto, um Relativismo Moderado (ou Relativismo Limitado), no que respeita<br />

a Valores e a Perspectivas (ou, dito de outro modo: a «Mundividências»=Weltanschauungen...) e mesmo<br />

um certo Pluralismo Axiológico ⎯ ou, na fórmula lapidar de JOHN RAWLS: um «Pluralismo<br />

Razoável»<br />

= «A Reasonable Pluralism» [Cfr. Political Liberalism, citado na Bibliografia Anexa, Páginas: 48 a 50 e 63<br />

a 65, no quadro de uma «Public Political Conception of Justice» e de uma «Prioridade» («Priority») do<br />

«Justo» («Right») sôbre o «Bem» («Good»): Cfr. Ibidem, a «Lecture V.⎯ Priority of Right and Ideas of<br />

the Good», Págs. 173 e seguintes] ⎯, não se confunde seguramente ⎯ e é mesmo totalmente<br />

incompatível ⎯ com o Relativismo<br />

Radical Anti-Normativo<br />

(ou Relativismo Absoluto, ou Relativismo<br />

Pós-Moderno, ou ainda Relativismo Perspectivista Nietzscheano, ou até o, dito, Multiculturalismo, dito<br />

por alguns de «Pluralismo Integral»: veja-se, por exemplo, a defesa <strong>deste</strong>, no artigo de JOÃO ROSAS,<br />

intitulado Karl Popper: Gradualismo, Democracia e «Sociedade Aberta», na revista Risco, nº. 19 da<br />

Primavera/Verão de 1993) ⎯ porquanto aquele primeiro Não Abdica de <strong>Um</strong> «Núcleo Essencial», ou<br />

«Fundante» (Hard Core), «Mínimo», de Valores Fundamentais Comuns ⎯ ainda que, porventura,<br />

apenas sob a modalidade de um «Overlapping Consensus»: ainda JOHN RAWLS ⎯, tanto no momento<br />

Objectivo-Comunitário, como no momento Antropológico Fundamental: este, òbviamente, na<br />

concepção básica do «Ser Humano» como «Pessoa Humana Individual».<br />

O que quer dizer que o próprio «Pluralismo» tem <strong>Um</strong> Limite (aliás já MONTESQUIEU dissera que:<br />

«Até a Virtude precisa de ter limites !»...): sem o «Mínimo» de um «Comum Universal de Valor ou de<br />

Va-lidade», sem uma qualquer Ideia (por muito ténue e frouxa que seja) de Identidade Comum (Língua,<br />

His-tória, Cultura, Território, Espaço, Pertença, Partilha, etc.), de Comum Unidade (= Comunidade:<br />

Cfr., por exemplo, JOSÉ CARLOS VIEIRA DE ANDRADE, Grupos de Interesse, Pluralismo e Unidade<br />

Políti-ca, no Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra, Suplemento XX, já em 1973), de Integração ou<br />

de «Ordem Global», não é possível qualquer Convivência e Comunicação («Comunicar» significa, justa-<br />

mente: «Pôr em<br />

Comum...»)<br />

e a Ruptura Absoluta exclui mesmo o Conflito !!!<br />

A esta Ideia de Unidade (Unidade Política) — lapidar e insuperavelmente expressa na frase de FER-<br />

NANDO PESSOA: «A minha Pátria é a minha Língua...» — se refere também MICHAEL DOYLE, ac-<br />

tual Director do Centro de Estudos Internacionais da Universidade de Princeton, U.S.A., e Autor de uma<br />

Tese de Doutoramento intitulada Empires (Cornell University Press), bem como da Obra mais recente<br />

intitulada Ways of War and Peace (W.W. Norton, 1997), que, numa extensa entrevista dada <strong>ao</strong> Cartaz-<br />

-Expresso de 11 de Julho de 1998 e no con<strong>texto</strong> de uma temática sobre «os impérios», respondeu o seguinte<br />

à pergunta «Como é que define, no con<strong>texto</strong>, uma nação ?»:<br />

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