20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

comportamento humano. O lucro imediato, sem qualquer laço com critérios sociais, éticos e jurídicos, é<br />

a sua única lei. Funciona como um totalitarismo ideológico».<br />

Este Autor, também no jornal Público, mas de 29 de Junho de 1997, reitera a sua cruzada reac-cionária<br />

contra o «Mercado» e a «Economia Liberal», em nome da «Religião», no <strong>texto</strong> intitulado Reli-gião e<br />

Economia, pág. 8.<br />

Aliás, todo este «Protesto» e «Indignação» contra o que se chama, hoje, de Pensamento Único, não<br />

passa, efectivamente, de uma irritação e de um sentimento de frustação pelo facto de se ter que<br />

«aceitar a realidade» de que, hoje (senão como sempre...), só há uma forma de economia viável e<br />

possível: a econo-mia «de mercado» — diga-se «social», ou não.<br />

Pelo que, esta «irritada» e «indignada» Revolta contra o que se diz ser o Pensamento Único, não<br />

passa, afinal, da não-aceitação da «estrutura económico-social do mercado», como realidade<br />

incontor-nável, e, portanto, de uma revolta contra a própria «Realidade» !<br />

Os Psicanalistas, aliás, conhecem bem o que é — e o que significa, no plano da saúde mental —, esta<br />

obstinada «Recusa da Realidade»...<br />

Porque, bem vistas as coisas, não há nenhum dito «Pensamento Único» !!!<br />

O que há é apenas uma única «atitude» adulta, saudável, razoável e sensata e, consequentemente, o<br />

pensamento dela coerentemente decorrente:<br />

— Ou «Aceitar a Realidade» económico-social do Mercado;<br />

— Ou Não — e, então, refugiar-se ainda no pensamento-fantasia-delírio, já claramente desmentido<br />

pelo «Teste de Realidade» da História, de que são possíveis «outras» formas imaginadas de economia<br />

(ou uma economia «Outra», como costumam dizer...), ou seja, regredir para a Fantasia e para a<br />

infantil «Ilusão» de MARX & Ciª., que muitos, de entre nós, não querem ainda abandonar...<br />

De resto, o mesmo MARX não teve atitude fundamental muito diferente desta última acabada de<br />

referir: a sua negação e não-aceitação da «realidade» esteve bem clara, segundo o testemunho do<br />

próprio F. ENGELS, <strong>ao</strong> dizer este que toda a teorização de K. MARX se pode reduzir a uma única<br />

finalidade: a destruição (voluntarista, irracional e caprichosa) das categorias económicas — veja-se<br />

ORLANDO VITORINO, Exaltação da Filosofia Derrotada (ver bibliografia anexa), 1983, pág. 73, para<br />

quem o sistema das categorias económicas, indispensável e preliminar a toda e qualquer «ciência<br />

económica», inclui as três categorias fundantes e fundamentais da Propriedade, do Mercado e do<br />

Dinheiro.<br />

Sobre a problemática filosófica do vocábulo CATEGORIA, cujo «...estudo pode ser entendido como a<br />

análise da afirmação predicativa», bem como sobre os seus sentidos lógico-ontológico<br />

(ARISTÓTELES), transcendental (KANT), dialéctico (HEGEL), pragmático (CHARLES SANDERS<br />

134

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!