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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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<strong>Um</strong>a forte «Reacção Moral Republicana» <strong>ao</strong> que chama de «Pensamento Único» Neo-Liberal, mas<br />

sobretudo à situação social vivida actualmente, não só em França, de elevado desemprego e exclusão<br />

social, tem sido mais recentemente o êxito editorial de 1996/97 da romancista e ensaísta francesa<br />

VIVIANE FORRESTER, intitulado L’Horreur Économique, de que se pode ver uma entrevista, com o<br />

título É preciso passar à resistência, no Expresso-Revista de 17 de Maio de 1997, pág. 86 e seguintes.<br />

Não é claro, todavia, que «remédios» e «alternativas» é que a autora (que nos parece ser mais uma<br />

«profeta da desgraça»...) pensa que se poderiam aplicar <strong>ao</strong> por ela criticado fenómeno da<br />

«globalização» (como se este fosse algo de «inventado» por uma qualquer «seita de conspiradores», de<br />

preferência «liberais» !...), nem o que pensa fundamentalmente àcerca da «estrutura económico-social<br />

do mercado» nas nossas sociedades, para além das «patologias» contra que justamente se «indigna»...<br />

Sucumbindo, afinal, <strong>ao</strong> «... pensamento único que se desenvolve contra “o pensamento único”», e<br />

que «... corresponde, visto com mais ou menos cinismo ou apreensão do lado dos economistas, à<br />

perspectiva do chamado “horror económico”», mas por via agora da leitura de comentários de uma<br />

revista de Direita, pode ver-se a crónica de EDUARDO PRADO COELHO, no jornal Público de 19 de<br />

Julho de 1997, pág. 8 do separável Leituras, intitulada Não se pode exterminá-los ? — sem embargo,<br />

quanto a nós, da validade do aí referido conceito de «cidadania da empresa»: i. é, «... a empresa tem<br />

também responsabilidades em relação <strong>ao</strong>s seus empregados e em relação à colectividade».<br />

O mesmo se diga da sintomática recente «reacção» crítica francesa «De Esquerda» <strong>ao</strong>s mesmos<br />

problemas (também sob a capa da crítica <strong>ao</strong> chamado «pensamento único» neoliberal), manifesta nos<br />

<strong>livro</strong>s de JEAN-PAUL FITOUSSI, O Debate-Tabu: Moeda, Europa, Pobreza, Terramar, 1997 e JEAN-<br />

PAUL FITOUSSI & PIERRE ROSANVALLON, A Nova Era das Desigualdades, Celta, 1997,<br />

«reacção» que é relatada no Expresso-Cartaz, de 7 de Junho de 1997, págs. 36-37.<br />

O mesmo se diga, finalmente, de toda a intensa movimentação religiosa recente na América Latina, sob<br />

o signo da «Teologia da Libertação», relatada por Frei BENTO DOMINGUES, O.P., no jornal Público<br />

de 22 de Junho de 1997, pág. 8, sob a epígrafe: Neoliberalismo em tribunal eclesiástico.<br />

Segundo diz este autor, com alguma razão, embora sejam duvidosas e não se vislumbrem com clareza<br />

as «alternativas» a propor:<br />

«(...) Em contraste com o decénio passado, a economia na maioria dos países da América Latina voltou a<br />

crescer. Mas a persistência da pobreza e o crescimento das desigualdades até níveis absurdos obrigam a<br />

um confronto entre a teologia (!) neoliberal e a teologia da libertação. A ética desta última defende que<br />

os cristãos não se podem render à lógica selvagem (!), devastadora do neoliberalismo. Esta concepção<br />

radical do capitalismo absolutiza o mercado, convertendo-o em meio, método e fim de todo o<br />

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