20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4 - «Personalismo» e «Individualismo».<br />

Por tudo isto, aquele Personalismo Social e Substantivista Dogmático tem, insistentemente e de um<br />

ponto de vista estritamente ideológico, hostilizado o Individualismo, que considera com uma só face, sem<br />

distinguir os vários tipos de Individualismo, identificando-o sumariamente, mas de forma não ingénua nem<br />

inocente, com «Egoísmo», «Egocentrismo», «Solipsismo» e até, mais recentemente, com «Narcisismo» e<br />

«Autismo» !!!<br />

Não distingue os vários tipos de «Individualismo», como dissemos: por exemplo, um Individualismo<br />

Moderado, ou «Individualismo Verdadeiro», como lhe chama FRIEDRICH HAYEK, que não dispensa, de<br />

um ponto de vista de integração social global, uma noção de «Ordem», como «Sistema Civilizacional», e<br />

um qualquer Horizonte Social de Integração que agrega, unifica e transcende a mera fragmentaridade<br />

plural dos vários Indivíduos Concorrentes-Cooperantes da e na Sociedade; e um Individualismo Estrito<br />

ou Radical, ou «Falso Individualismo», este sim, acabadamente fragmentário e atomista, que desemboca<br />

no estrito Libertarismo ou Anarquismo Radical, ou, paradoxalmente, no Colectivismo e no Socialismo, que<br />

é o que está na base das teorias do «Contrato Social» e tem sido, infelizmente, o dominante em toda a<br />

Modernidade.<br />

Ignora, ou finge ignorar, que o «Individualismo» pode bem ser uma posição ética, teórica, moral e<br />

culturalmente consistente, que deve ser levada «a sério» ...<br />

Não leva a sério a postura que representa o «Individualismo Ético» [LÉVINAS: sobre este filósofo<br />

judeu de língua francesa e inspiração bíblica, também vítima do Nazismo, veja-se o excelente artigo, em<br />

duas partes, de MIGUEL BAPTISTA PEREIRA, intitulado Fenomenologia e Transcendência. A propósito<br />

de Emmanuel Lévinas (1906-1995), no nº. 10, Volume 5, de Outubro de 1996 e no nº. 11, Volume 6, de<br />

Março de 1997 da Revista Filosófica de Coimbra; e, também na mesma revista, mas no nº. 12, Volume 6, de<br />

Outubro de 1997, o <strong>texto</strong> de JEFFREY ANDREW BARASH, intitulado Mémoire et Immémorial chez<br />

Lévinas; e acerca da «filosofia do rosto» como expressão, ou auto-expressão, cintilação do infinito,<br />

visitação, não-lugar da transcendência e enigma, ou o rosto que «... não se deixa reduzir nem à<br />

pontualidade redutora do tema ou da imagem nem à simplicidade petrificante ou à coagulação do conceito<br />

— infinitamente transcendente, infinitamente estrangeiro, a sua epifania acontece como rosto, e este,<br />

“apresentação excepcional de si por si”, na sua enigmaticidade intrínseca e constitutiva, na sua nudez<br />

abissal, “manifesta-se” como expressão ou dizer» — veja-se o «estudo» de FERNANDA BERNARDO, sob<br />

o título O rosto como Expressão: ou o acolhimento do outro/outro segundo E. LEVINAS, na mesma Revista,<br />

mas no Volume 7, nº. 13 de Março de 1998] e o Individualismo Teórico, o chamado «Individualismo<br />

Metodológico» (que combate todo o Holismo absoluto e fechado e todas as pré-compreensões e pré-<br />

32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!