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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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agora referen-ciado) — ou, na formulação famosa de WILLIAM SHAKESPEARE, entre «To be, or not to<br />

be» —, ou se não teremos, porventura, de levar ainda em conta — e em que «Lugar» fica ? — a questão<br />

do, propriamente dito, «Poder-Ser»... ?<br />

Ou seja, daquilo que, não sendo, obviamente, «ainda» da Ordem do «Ser» (Positividade), todavia<br />

não é também «Pura Negatividade», já que, é-o assim, apenas porque..., «ainda não é», mas..., todavia,<br />

«Ainda Pode... Vir a Ser» (abertura à Possibilidade e à Transfinitude, Projecto, Valores, Ideais, Aspira-<br />

ções, Desejo, Sonho, Utopia...) e, portanto, por isso mesmo, Para Nós, «Deve Ser», ou se torna, como o diz<br />

SERGIO COTTA, em «Dever de Ser» ⎯ i. é, se torna, para nós, em «Dever-Ser» (Valores), quer Moral-<br />

mente, quer Normativo-Culturalmente, quer Jurídica ou Políticamente, no modo de, por exemplo, uma<br />

Utopia Normativa Aberta ...<br />

Veja-se, para já, em antecipação, sobre este ponto, além do próprio HEIDEGGER, já referido, os<br />

«modelos» ou as «vias», propostos, por exemplo, por A. CASTANHEIRA NEVES, e NICOLA ABBA-<br />

GNANO, no Ponto 16., <strong>deste</strong> mesmo Capítulo.<br />

Aliás, talvez mesmo o próprio Professor Doutor CARLOS AMARAL DIAS nos dê, ele mesmo, a<br />

resposta, como que indo <strong>ao</strong> encontro <strong>deste</strong>s «modelos» acabados de referenciar, quando nos diz, no seguinte<br />

parágrafo (pág. 46 da obra aqui pressuposta):<br />

«(...) O Negativo é Estruturante do Pensamento. A distorção da estruturação do negativo é o que nos<br />

acede à clínica. Como é que se processa essa distorção ? A pretensão de que nós não distorcemos o negativo<br />

é fantástica, todo o mal-entendido está aí. E, INACIO MATTE-BLANCO tem uma frase fantástica sobre<br />

isso: “Cada compreensão é um mal-entendido”. É um mal-entendido até na clínica, mas mais à frente irei<br />

demonstrar que se a Memória prende o doente no Passado, o Desejo prende o doente no Futuro e a Com-<br />

preensão prende o doente no Presente».<br />

E, ainda na mesma obra, a respeito de um comentário de um Interveniente sobre «o tempo do espaço<br />

da relação» (págs. 91-92), diz AMARAL DIAS o seguinte:<br />

«O pensamento é Quântico, claro, gera-se ali e é gerado. Vamos interessarmo-nos pelo tempo como<br />

Memória e como Compreensão. Pela Memória prendemos o paciente no Passado, pelo Desejo prendemos<br />

o doente no Futuro e pela Compreensão prendemos o doente no Presente. Isto é, a cronopatologia do<br />

positivo, é evidente, pela Memória prendemo-lo no Passado. O paciente é o que foi, deixa de ser “being”<br />

para ser “was”. Pelo Desejo prendemo-lo no Futuro — a solução <strong>deste</strong> homem era casar-se, se este tipo se<br />

casasse, se ele encontrasse uma mulher... — estão a ver ?! Digam lá se não têm Desejos <strong>deste</strong>s ?! Estamos<br />

sempre a “Desejar” coisas. Temos de nos prevenir do Desejo.<br />

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