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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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A este respeito e para se compreender bem as diferenças entre o «Cosmopolitismo» (e a «Atitude<br />

Cosmopolita») versus o (dito) «Multiculturalismo» ⎯ que (este) se compraz em apenas evidenciar e<br />

enfatizar as diferenças, os contrastes e as diversidades, Culturais e Étnicos (entre Pessoas e Grupos, ou<br />

até Povos), mas já não tanto em promover a sua «Reconciliação Pacífica» num qualquer mesmo «Espaço»<br />

(ou «Ideia») de «Unidade Comum» [ou de «Comum Unidade» = «Comunidade»: VIEIRA DE ANDRA-<br />

DE], Cultural/Civilizacional, Social, Política, Etc. ⎯ antes, pelo contrário, só reforçando, identitària-<br />

mente, entre eles, «Clivagens» e «Abismos» de irreconciliação e de incompatibilidade, sob rótulos tais<br />

como: «Pluralismo Integral», «Pluralismo Intratável», «Pluralismo Radical», Etc. ⎯ veja-se o que se<br />

diz, justamente, sob a entrada «Cosmopolitismo», na «ENCICLOPÉDIA "VERBO" LUSO-BRASILEIRA DE<br />

CULTURA/EDIÇÃO SÉCULO XXI», citada na Bibliografia Anexa, Volume 8º., Fevereiro / 1999, Páginas:<br />

242:<br />

«(...) CULT. De kósmos, mundo + polítes, cidadão: é o pensamento e a atitude de quem proclama o<br />

mundo pátria sua. (...). Cosmopolitismo implica, rigorosa e imediata, a unidade do género humano,<br />

independentemente da raça, da cor, da classe, da fortuna, da língua, da religião, da geografia e da história. É,<br />

portanto, na base, individualismo. O homem é tomado na sua própria singularidade, prescindindo dos<br />

grupos naturais a que pertença, e projectado, como tal, às dimensões do Globo. No limite, o Cosmopoli-<br />

tismo não passa de utopia, de aspiração sem concretização, de ideologismo generoso ou de anarquismo. (...).<br />

O Cosmopolitismo costuma desenvolver-se, ou em fases de fim de civilização, ou como reacção contra a<br />

atmosfera tensa das relações internacionais e contra a estreiteza do meio, ou como vontade de afirmação<br />

original frente à loucura ou <strong>ao</strong> senso comum da grande maioria».<br />

Também criticando a Vexata Quæstio do «Multiculturalismo» nos países de língua inglesa e<br />

concluindo que a enorme diversidade e pluralidade cultural das contemporâneas sociedades civis liberais<br />

não deixa de exigir a identidade partilhada de uma forma de vida comum e a ideia de uma cultura<br />

comum, com o respeito das práticas e instituições próprias dessa identidade partilhada comum e dessa<br />

cultura comum (a rule of law, por exemplo) por parte dos diversos grupos, etnias e culturas parciais, como<br />

pré-condição da própria Paz Civil, veja-se JOHN GRAY, em Enlightenment´s Wake, citado na Bibliografia<br />

Anexa, Capítulo 3, intitulado To<strong>ler</strong>ation: a post-liberal perspective.<br />

Como diz este autor, a To<strong>ler</strong>ância é uma virtude apropriada para pessoas que reconhecem e aceitam a<br />

sua imperfectibilidade. E é uma virtude de alcance universal, dada a universalidade da imperfeição<br />

humana.<br />

E embora o autor se diga partidário de uma Forma Radical de To<strong>ler</strong>ância, como simples Indiferen-<br />

ça, pelo menos quando estão em jogo bens radicalmente incomensuráveis, não deixa de advertir que tal<br />

forma de To<strong>ler</strong>ância nunca pode ser a dominante, não se podendo prescindir do que chama a<br />

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