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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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«(...) Esta visão da democracia como prioridade das regras gerais — o “Regime da Regra”,<br />

chamou- -lhe recentemente MÁRIO SOARES — pode parecer a alguns um pouco decepcionante.<br />

Mas, mesmo esses deveriam compreender que é o “regime da<br />

dizer o que pensam e a propor <strong>ao</strong> sufrágio os seus propósitos particulares.<br />

regra”<br />

que lhes permite continuar a<br />

KARL POPPER, um dos grandes críticos do totalitarismo no século XX, celebrizou esta visão da<br />

democracia quando afirmou: “A democracia não é acerca de quem deve governar, mas acerca de<br />

como substituir governos, como introduzir reformas, sem derramamento de sangue”.<br />

Dois séculos antes de POPPER, EDMUND BURKE tinha assinalado que as sociedades que não são<br />

capazes de reformar deixam de ser capazes de preservar. Para BURKE, tal como para POPPER, os<br />

regimes civilizados evoluem sem sobressaltos. Os regimes fundados na força dão origem a revoluções»<br />

— os itálicos e os bold são nossos.<br />

C) — Mas, para além <strong>deste</strong>s Valores, há ainda um conjunto aberto de «Outros» Valores, ou Princí-<br />

pios ⎯ ou de uns certos Valores «Outros», a um certo «”Outro” Nível Axiológico-<br />

Normativo e Ontológi-co-Transcendental», ou «Méta-Histórico» e (como que ...)<br />

«Supra-Temporal» ... ⎯, os quais são indissociá-veis uns dos outros e que especificam a<br />

Ordem de Direito, rigorosamente como tal: como uma Axiológico- -Normativa<br />

«Ordem de Validade» ⎯, no âmbito daquele referido Métaconsciente Cultural e<br />

Civilizacional Transpositivo e Aberto ⎯ e que não podem deixar de pertencer àquele<br />

mesmo «Overlapping Consensus», (ou «Mínimo Consenso Ético/Axiológico Material,<br />

Prévio<br />

e<br />

( sempre)<br />

Pressuposto»)<br />

de que fala JOHN RAWLS e <strong>ao</strong> qual já, mais atrás, nos referimos.<br />

São eles, assim e, desde logo:<br />

1. ⎯ A «VERDADE» — senão a Verdade do Ser enquanto tal e sem mais, pelo menos a Verdade do<br />

Ser de e em Cada Homem: i. é, a Verdade do Homem e a Verdade de Cada Homem, tanto em relação<br />

a «Si Próprio», como quanto em relação à sua «Circunstância» (ORTEGA Y GASSET); ou seja,<br />

respec-tivamente, Natureza Humana<br />

Moral<br />

Universal<br />

e Verdade Ontológica do Homem; Verdade da Lei<br />

Univer-sal<br />

e Verdade Moral de Cada Pessoa Humana; e ainda a Verdade intrínseca da<br />

Natureza das Coisas, num qualquer sentido útil com que hoje ainda possa ser tomada esta expressão<br />

...<br />

Ainda que a «VERDADE», como «Valor» e «Ideal» seja sempre, a final, um «inalcançável» «Méta-<br />

-Referencial», muito «Para Além» da(s) «Verdades» e esteja sempre «Para Além» de «Mim» e da<br />

Minha «Busca» dela; ou, até mesmo, do «Público Debate Pluralista» de/das «Propostas» de «Todos<br />

Nós», num dado «Tempo», «Circunstância» e/ou «Conjuntura», mesmo que «Parcialmente<br />

Convergentes», a respei-to do seu progressivo «Desvelamento» e/ou «Procura» ... ⎯ e mesmo de<br />

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