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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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Não podia vir mais a propósito, sobre este assunto (relativo <strong>ao</strong> «nosso» Catolicismo...), o «testemu-<br />

nho» insuspeito do Padre SALVADOR CABRAL, Pároco de Nine, em Vila Nova de Famalicão,<br />

Diocese de Braga, Autor do <strong>livro</strong> (de próxi-ma publicação) intitulado Fátima: nunca mais, ou nunca<br />

menos ? — o qual, não estando contra a mensagem de Nossa Senhora enquanto «...apelo à conversão<br />

das mentes e do coração», não deixa, por isso, de dizer que, muito do que se passa no principal<br />

Santuário Mariano português é fruto do «...subdesenvolvimento cultural em que vivemos». Crente no<br />

«Mistério» de Fátima, o Padre diz, contudo, que, sem o Evangelho, o fenómeno pode ser «... um<br />

grande espaço de perversidade, de alienação e de condenação». Certo de que a opinião que defende é<br />

partilhada por outros Sacerdotes, SALVADOR CABRAL acredita que é preciso que Fátima «... cheire<br />

menos a velas e a incenso e mais a Evangelho» — Cfr. a notícia, subscrita por EMÍLIA MONTEIRO,<br />

no Diário «PÚBLICO» de 21 de Novembro de 1999, pág. 23, na «parte inferior».].<br />

[«Ópio» que, é certo, apesar de tudo, hoje, consideraríamos, mais pacificamente, serem também, e talvez<br />

com mais propriedade:<br />

— o Futebol: onde se revela, talvez com mais evidência e protagonismo proeminente do que em<br />

nenhures, o famoso e omnipresente homem-massa, de cuja génese, história, psicologia e idiossincrasia<br />

típicas, com a sua nivelação pelo que de «mais baixo», «arcaico», «atávico» e «instintivo-<br />

animalesco» tem o «ser humano», tal como dele nos falou ORTEGA Y GASSET, em A Rebelião das<br />

Massas, 1927/1930, edição portuguesa do Círculo de Leitores, 1989 — sendo porventura o facto de que,<br />

queiramos ou não, ainda hoje, em muitos aspectos, vivermos em verdadeiras sociedades de massas, que<br />

explica o relevo e a importância, sociológicas e antropológicas, que misteriosa, mas injustificadamente,<br />

tem, nestas sociedades, o Futebol;<br />

— as Touradas: cuja chamada «tradição popular» — i. é, repare-se bem: um fenómeno e uma prática<br />

sociais que se pretende legitimar duplamente: seja pela via da reverência acrítica à «tradição», seja<br />

pela reverência supostamente «democrática» <strong>ao</strong> assim chamado «popular» — mostrou bem a sua face<br />

irracional, odiosa, instintivo-animalesca — e a coberto da «multidão» ululante e descontrolada ...<br />

— e até mesmo inssurreccional, no caso extremo do concelho português de Barrancos, nos anos de<br />

1998 e 1999, devendo, contudo, antes do mais, serem «responsabilizados» todos os agentes do Estado,<br />

quer políticos, quer admnistrativos ou policiais, pelo seus into<strong>ler</strong>áveis laxismo, permissividade,<br />

passividade e auto-demissão das suas competências e responsabilidades jurídico-políticas, do que<br />

resultou o <strong>completo</strong> «abandalhamento» da «dignidade» e da «autoridade» do Estado-de-Direito —, e<br />

que celebra o culto da, porventura não muito segura de si, virilidade marialva e machista dos<br />

chamados «matadores», que evolu-em e deslizam, cintilantes, coloridos e reluzentes, na arena, perante<br />

as suas «cortesãs» e cujas «coragem», «galhardia» e «humana superioridade» precisam<br />

imperiosamente de ser «provadas», públicamente, mas que não conseguem ter uma nobreza maior do<br />

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