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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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própria», sobre a qual «se fecham...», <strong>ao</strong> nível «local» ou «microssocial» (a que nos referimos noutro<br />

local...), a «integrarem-se» numa mais ampla e alargada «comunidade aberta», que possibilite,<br />

justamente, o «cosmopolitismo»...<br />

O que nos leva a pensar que, justamente, tais «comunidades ciganas» (com estas características de<br />

«resistência», «fechamento» e «imunização» <strong>ao</strong> exterior...), por mais boa-vontade que se ponha em as<br />

«in-tegrar pacificamente» numa mais ampla e alargada «comunidade nacional», são, afinal, em si<br />

mesmas, por tudo quanto ficou já dito, não mais do que verdadeiras «comunidades fechadas», no<br />

sentido popperi-ano..., ou mesmo até, essencialmente, apenas «comunidades tribais», no sentido<br />

hayekiano !<br />

O mesmo (que mais atrás vínhamos dizendo do soi disant «multiculturalismo»...), se diga, aliás, do<br />

fundamentalismo «politicamente correcto», tipicamente «de esquerda», militantemente anti-racista,<br />

que recentemente se instalou em Portugal...<br />

Mesmo que uma pessoa não tenha, em si mesma, «naturalmente», uma atitude fundamental geral<br />

basicamente «racista» — podendo até ter uma história pessoal fundada de pacífico relacionamento<br />

não- -problemático com outras raças ou etnias...<br />

Mas se, porventura, eventualmente não gosta de, ou não simpatiza com, ou avalia negativamente,<br />

determinado indivíduo de outra raça, ou etnia, por motivos específicos e particulares que, a esse<br />

«indiví-duo» apenas lhe sejam «próprios», ou «idiossincráticos».... é logo socialmente estigmatizado<br />

como tendo um «comportamento racista» !<br />

A mensagem normativa daquele fundamentalismo é: não só não se pode dizer mal dos jovens (como<br />

em breve veremos noutro local próximo do presente <strong>livro</strong>), como não se pode dizer mal de, ou<br />

«criticar», os pretos, os ciganos, etc, etc.<br />

Assim, não se pode estigmatizar moralmente, ou responsabilizar juridicamente, por exemplo, os gangs<br />

marginais, neo-tribalistas e para-deliquenciais de negros dos bairros suburbanos das nossas maiores<br />

cidades: isso é «racismo» !!!<br />

Eles, «coitadinhos», nunca têm culpa nenhuma do que fazem; nunca há aqui responsabilidades<br />

individualizadas de ninguém em concreto; a culpa é toda, abstractamente, «desta sociedade» (de<br />

«bran-cos»...) que os «marginaliza», que os «exclui», ou do «capitalismo», do «neo-liberalismo»<br />

dominante (agora conhecido pelo cliché do «pensamento único»), da «burguesia», das «classes<br />

dominantes», etc. Ou então, a «culpa» é — diz-se agora, mais recentemente... — dessa «coisa terrível»,<br />

que só poderia ter sido conspirativamente «inventada/congeminada» pelos liberais... — e que é a dita<br />

«globalização» !!! A qual é, porém, agora, apesar de tudo, volens nolens e, tanto para o bem, como<br />

para o mal, por todos unânime-mente «reconhecida» !!!<br />

Não se pode dizer, por exemplo, que não se gosta da música «Rap» (que é uma moda urbana, ou sub-<br />

-urbana, importada dos E.U.A., já inquinada de conflitualidade étnica e de regressividade cultural, no<br />

repetitivismo e estereotipia da sua gestualidade e dos seus ritmos, e que não tem nada a ver com a<br />

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