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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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XX, mas também, neste caso, já um tanto «por excesso», já que o «mundo» que descreve é uma<br />

realidade puramente «imaginada/fantasiada» — mesmo que, por isso mesmo (i. é, pelo seu<br />

«excesso»...), não deixasse de ter tido um inegável valor premonitório e, de algum modo, «pedagógico»<br />

(para os espíritos mais «ingénuos», ou «desatentos»...) —, bem como, aliás, também no seu The Animal<br />

Farm (1945), em que já transparece, com muito menos ambiguidade, um seu desiludido pessimismo<br />

radical em relação <strong>ao</strong> chamado «humanismo socialista», então já sem a «máscara ideológica» e tal<br />

como, afinal, se «revelava» nas evidências do, então chamado, «Socialismo Real».<br />

Nem o próprio anterior «Absolutismo Monárquico», teoricamente percursor do Totalitarismo Moder-<br />

no (e contra o qual, ou por causa do qual, desde logo nasceu justamente o Movimento Liberal) e com<br />

este aparentado na «Centralização» e «Absolutização» do Poder do Estado (L’ État c’est Moi, dissera<br />

o Monarca...), foi historicamente tão longe !!!<br />

Porque não tinha ainda «Meios Técnicos» !!!<br />

Nem qualquer forma vulgar de «Autoritarismo», ou de simples «Ditadura», consegue tanto, pois<br />

sempre acaba por deixar, apesar de tudo, alguns espaços abertos e livres do seu «controlo», na<br />

sociedade civil, «Controle» esse que Nunca consegue chegar a ser Total e Absoluto, naquele sentido<br />

que referimos —, o que julgamos ter sido justamente o que aconteceu com o «Autoritarismo» Ultra-<br />

Conservador, Beato, Católico, Reaccionário e Integrista do «Salazarismo» do «Estado Novo»<br />

Português, razão porque sempre tivemos as nossas Reservas em considerá-lo um fenómeno<br />

tipicamente Totalitário, no mesmo sentido próprio em que o foi o Nazi-Fascismo (pois não terá<br />

passado de uma simples «Ditadura Autocrática» Ultra-Conservadora «De Direita», moldada à justa<br />

medida, perfil e características Pessoais do seu Chefe: por isso consideramos que o Salazarismo,<br />

designado justamente pelo Nome do seu Autor, foi um fenómeno Típico e Idiossincrático, não<br />

subsumível, sem mais, no Conceito Geral de Fascismo, que é a designação que a Esquerda de matriz<br />

Marxista lhe prefere dar), até porque o Nazi-Fascismo foi um fenómeno tìpicamente Moderno,<br />

enquanto o Salazarismo era intrinsecamente Anti-Moderno ou Reaccionário, Ruralista na<br />

Mentalidade e nas Origens, Corporativista na Teorização Político-Social, Vagamente inspirado na<br />

Doutrina Social da Igreja, e Nacionalista na Legitimação Histórica, para além, ou independentemente<br />

de quaisquer «Semelhanças» ou «Afinidades», meramente Pontuais ou Contingentes, mas em todo o<br />

caso não suficientemente Relevantes<br />

«Na Essência», apenas no Plano Meramente Ideológico-<br />

Epocal.<br />

Mas o Cúmulo (!!!) é ainda vir-se agora já, supostamente em nome do «humanismo cristão», a inclu-ir<br />

na lista dos «crimes contra a humanidade», em paridade e com iguais características e valia com<br />

aqueles dois fenómenos, o que se chama de capitalismo [palavra «maldita», desde KARL MARX<br />

(Tréves, 1818-Londres, 1883), que, nas suas mais legítimas e originárias intenções, só poderia ter<br />

querido significar, estritamente, uma justa crítica à «classe social» exploratória dos «senhores ou<br />

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