20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

«(...) O realizar da Comunicação a um ou outro daqueles níveis, depende, portanto, de uma Escolha,<br />

que é Condicionada, mas Não necessàriamente Determinada, por diversos factores, tais como o<br />

tempera-mento, a educação, as necessidades, as tradições, as estruturas económicas, e que, por isso<br />

mesmo, é sempre uma Escolha Livre. Ora o carácter de Possibilidade, que é inerente à Escolha, faz<br />

que nenhuma das formas de Comunicação possa considerar-se, uma vez realizada, como definitiva.<br />

Convivência, Coexistência e Comunhão são os três níveis, todos igualmente possíveis e sempre<br />

igualmente possíveis, <strong>ao</strong>s quais a Comunicação pode realizar-se. E a Possibilidade implica sempre a<br />

Possibilidade-de-Não. (...)».<br />

E conclui, o mesmo Autor, do seguinte modo:<br />

«(...) <strong>Um</strong> ineliminável elemento de precaridade, de instabilidade, de incerteza, está por isso ínsito, em<br />

qualquer nível, nas relações humanas e caracteriza-as.<br />

Esta precaridade, se por um lado gera inquietação e angústia nos mais fracos, por outro chama os mais<br />

fortes <strong>ao</strong> Sentido da Responsabilidade, já que de cada um reclama, não um acto de vontade que se es-<br />

gote em si mesmo, mas um empenho constante e que contìnuamente se renove. Num mundo em que<br />

qualquer verdade está a todo o momento sujeita a discussão, em que nenhuma conquista se<br />

considera definitivamente adquirida, depende de nós que as nossas relações recíprocas se elevem <strong>ao</strong><br />

nível da Comunhão ou caiam na Instrumentalidade, que a sociedade em que vivemos seja uma<br />

Sociedade de Ser-vos ou de Homens Livres. (...)».<br />

Pelo que:<br />

«(...) Na medida em que o Existencialismo — melhor: as Filosofias da Existência, quer os seus<br />

percursores: KIERKEGAARD (1813-1855), NIETZSCHE (1844-1900), HUSSERL (1859-1938); quer<br />

já o Existencialismo Teológico: BARTH (1886-1968), CHESTOV (1886-1938), BERDJAEV (1874-<br />

1948); quer o 1ª. fase do pensamento de MARTIN HEIDEGGER (1889-1976), sobretuto em Sein und<br />

Zeit (© Max Niemeyer Verlag, Tübingen, 1927); quer a, propriamente dita, Filosofia da Existência, de<br />

KARL JAS-PERS (1883-1969); quer o Existencialismo Teístico: GABRIEL MARCEL (1889-1973),<br />

RENÉ LE SEM-NE (1882-1954), LOUIS LAVELLE (1883-1951); quer o Existencialismo Ateu de<br />

JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980); quer ALBERT CAMUS (1913-1960); quer MAURICE<br />

MERLEAU-PONTY (1908-1961); quer, finalmente, o Existencialismo Positivo de NICOLA<br />

ABBAGNANO (1901- ?) — tenha contribuído para chamar os homens do nosso tempo a este Sentido<br />

da Responsabilidade, o seu esforço não terá sido inútil.»].<br />

E é também (mas não só...), por isso, que nós também distinguimos, sociologicamente, nas comuni-<br />

dades/sociedades contemporâneas de que fazemos parte e nas quais nos inserimos, pelo menos três<br />

níveis sociais fundamentalmente determinantes, com diferentes lógicas e categorias próprias,<br />

diferentes valores predominantes e exigindo, por isso, diferentes tipos de abordagem, diferentes<br />

hermenêuticas e reclamando também diferentes atitudes, posicionamentos e comportamentos dos<br />

sujeitos em termos de uma adequação óptima.<br />

248

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!