20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

E também da Vida..., em Geral !!! — sobretudo hoje, na nossa «Época Ecológica» em que vivemos:<br />

Tudo o que Serve, Conserva, Renova e Perpetua a «Vida» ⎯ e a «Qualidade» e «Dignidade» dessa<br />

«Vi-da»... ⎯ é «Bem» ... e, como tal, «Ético» !!!<br />

Mas, afinal, sobretudo aqui, não faria sentido concluir esta alínea sem dar a palavra <strong>ao</strong> próprio<br />

FREUD, no curto parágrafo com que ele termina o estudo já antes referido:<br />

«A questão do destino da espécie humana parece-me pôr-se assim: saberá o progresso da civilização,<br />

e em que medida, dominar as perturbações trazidas à vida em comum pelas pulsões humanas de agressão e<br />

de auto-destruição ? Sob este ponto de vista, a época actual (lembrar que FREUD escrevia em 1929, o que<br />

nos parece eminentemente actual !) merece talvez uma muito particular atenção. Os homens de hoje<br />

desenvolveram tão longe o domínio das forças da natureza que, com a sua ajuda, se tornou fácil<br />

exterminarem-se mutuamente até <strong>ao</strong> último. Eles sabem-no bem, e é isso que explica uma boa parte da sua<br />

agitação presente, da sua infelicidade e da sua angústia. E agora, há lugar para esperar que a outra das<br />

duas “potências celestes”, o Eros eterno, tente um esforço afim de se afirmar na luta que ele trava<br />

contra o seu adversário não menos imortal» — este último bold é intencionalmente nosso, porquanto,<br />

apesar do tão repetido «Pessimismo Freudiano», aqui, o próprio FREUD «Parece» (???) deixar «Aberta»<br />

a «Porta» por onde se «Pode» vislumbrar a «Réstea» de uma qualquer «Luz de Esperança» ...<br />

Todavia, não poderemos deixar de registar, Realisticamente ⎯ e para o «Tempo» que atravessa-<br />

mos... ⎯, esta implacável passagem de CARLOS AMARAL DIAS, no seu Livro, que já antes referimos,<br />

O Negativo—Ou O Retorno a Freud, 1999, apesar de ser ela um tanto longa, mas, não obstante, profunda-<br />

mente «Impressiva» e «Esclarecedora»:<br />

«(...) Por outro lado, como filigrana <strong>deste</strong> discurso eu propus-vos um outro: Se a psicanálise é uma<br />

ciência do negativo, ela opera no duplo registo. Em primeiro lugar organiza-se como uma ciência do<br />

negativo no sentido de que ela, tal como FREUD a postula, imprime à “compreensão” do discurso do<br />

sujeito, o lado da comunicação negativa. O paradigma disto é o <strong>texto</strong> A psicopatologia da vida quotidiana.<br />

Começa aí e continua por aí ! Em segundo, é uma crítica <strong>ao</strong> modo de produção social, ideológico e<br />

científico. E, neste sentido, a psicanálise é uma crítica da ciência, não <strong>ao</strong> método científico propriamente<br />

dito, mas uma crítica à ideologia segregada pela ciência nas diversas alturas, Séc. XIX, Séc. XX, da<br />

ciência moderna e depois da ciência pós-moderna que se organiza sob o primado da utopia da resolução<br />

da infelicidade humana, da proposta de uma felicidade <strong>ao</strong> alcance de todos, demonstrando, sobretudo a<br />

partir da 2ª. tópica, que os ouropéis narcísicos com que vestimos o sujeito humano, são apenas crenças<br />

ilusórias para vestir a relação à dor e <strong>ao</strong> desamparo de cada um e que são finalmente constitutivos da<br />

espécie.<br />

89

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!