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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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pensados para condições diferentes das actuais; de que se trata fundamentalmente de um problema de<br />

carácter regional e de que não é legítimo extrapolar-se com conclusões do tipo global; de que as<br />

chamadas «periferias» estão e tendem a desaparecer; e de que, muito provavelmente, a longo prazo, o<br />

cômputo global da população humana do Planeta tenderá inevitavelmente a entrar em regressão<br />

global: cfr. The Fatal Conceit: The Errors of Socialism, citado na bibliografia anexa, págs. 120 e seguintes.<br />

h) — Sobre o lastimável péssimo nível médio de qualidade a que chegou ultimamente a Televisão (o<br />

instrumento tecnológico de comunicação social mais revolucionário e de maior impacto social global do<br />

presente século — até, pelo menos, <strong>ao</strong>s computadores em rede (on line), como os e-mail e a INTERNET<br />

—, mas de uma estrutural ambiguidade ou polivalência moral e civilizacional, pois que se presta a<br />

quaisquer fins, desde os mais nobres <strong>ao</strong>s mais perversos), especialmente em Portugal (sob todos os aspectos<br />

e em todos os canais, públicos ou privados, com porventura alguma excepção da RTP 2, que todavia<br />

também não deixa de pecar por um certo snobismo cultural e intelectual...) — veja-se, sob a epígrafe geral<br />

A televisão já não é o que era, o conjunto de <strong>texto</strong>s e as entrevistas de MARIA BARROSO («Ou há<br />

telenovelas ou futebol...»), MANUEL MARIA CARRILHO («A RTP fez concorrência desleal...»),<br />

VASCO GRAÇA MOURA («A violência atinge níveis into<strong>ler</strong>áveis...»), ANTÓNIO PEDRO<br />

VASCONCELOS («A programação degradou-se imenso...»), PEDRO BURMESTER («A televisão só<br />

serve para não pensar...»), JOÃO SOARES LOURO («É preciso uma TV do contra...») e D. EURICO<br />

NOGUEIRA («Sempre senti reservas quanto à TVI...»), publicados entre páginas 48 e 69 do Expresso-<br />

Revista de 24 de Maio de 1997.<br />

De entre todas aquelas opiniões manifestadas, que são diversas entre si (indo do mais extremo<br />

regionalismo televisivo até <strong>ao</strong> mais acabado estatismo e do criticismo mais moralista e conservador até à<br />

compreensão complacente mais bem pensante do intelectualismo mais sofisticado), parece resultar<br />

como consensual a ideia da necessidade de uma regulação moralizadora e normalizadora pública de<br />

todo o espaço televisivo, em Portugal, abrangendo portanto também as Estações «Privadas», com<br />

especiais obrigações de Serviço Público para a Televisão do Estado.<br />

Embora nós pensemos ⎯ quanto a este último ponto, na verdade incontornável e imperioso ⎯ que<br />

seria dispensável a existência de Dois canais de Televisão Pública, bastando <strong>Um</strong>, a RTP 1, desde que<br />

liberto das enormes pressões da concorrência comercial e da diabólica luta pela conquista de audiências,<br />

a que presentemente se assiste, com carácter generalista, mas submetido a especiais exigências de<br />

pluralismo, de isenção e de diversidade e, sobretudo, de qualidade recreativa, informativa e cultural e<br />

financiado exclusivamente pelo Estado.<br />

De algum modo confirmando esta ideia e sob o lema «O audiovisual público tem de ser extraído da<br />

lógica de concorrência do privado», veja-se o <strong>texto</strong> de J.-M. NOBRE-CORREIA, intitulado <strong>Um</strong> estatuto<br />

singular, no semanário Expresso (caderno principal), de 7 de Junho de 1997, pág. 23.<br />

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