20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Um</strong>a incontornável «análise fenomenológica» dos conceitos de político e de jurídico, que se remetem<br />

um <strong>ao</strong> outro e são fenómenos interdependentes e interconvertíveis, embora não idênticos como queria<br />

KELSEN (pois «Todo o jurídico aspira <strong>ao</strong> político, bem como todo o político pressupõe e reclama o<br />

jurídico»), podia ver-se, já em 1961, no <strong>texto</strong> de L. CABRAL DE MONCADA, intitulado Da essência e<br />

conceito do Político, publicado no Volume XXXVII do Boletim da Faculdade de Direito da Universidade<br />

de Coimbra, e republicado depois, em 1963, na pequena obra do mesmo autor intitulada Problemas de<br />

Filosofia Política: Estado, Democracia, Liberalismo, Comunismo, Colecção Stvdivm, Arménio Amado,<br />

Editor, Sucessor, Coimbra; a mesma problemática aparece também na sua famosa Filosofia do Direito e do<br />

Estado, 1953-1966, Volume Iº. (Parte Histórica – 2ª. Edição revista e acrescentada) e Volume IIº.<br />

(Doutrina e Crítica), Coimbra Editora, Limitada.<br />

Sobre a temática do Estado e da sua articulação com o Direito, veja-se ainda, com interesse:<br />

GIORGIO BALLADORE PALLIERI, A Doutrina do Estado, tradução de FERNANDO DE MIRANDA, 2<br />

Volumes, Coimbra Editora, Limitada, 1969; ARMANDO M. MARQUES GUEDES, Ideologias e Sistemas<br />

Políticos, Instituto de Altos Estudos Militares, Lisboa, 1978, e Teoria Geral do Estado, Lições policopiadas<br />

<strong>ao</strong> 1º. Ano jurídico de 1979/80, Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, 1979;<br />

ADRIANO MOREIRA, Ciência Política, Reimpressão, Livraria Almedina, Coimbra, 1984; e, finalmente,<br />

REINHOLD ZIPPELIUS, Teoria Geral do Estado, 1971, tradução de ANTÓNIO CABRAL DE<br />

MONCADA e Prefácio de L. CABRAL DE MONCADA, 2ª. edição, Fundação Calouste Gulbenkian,<br />

Lisboa, 1984.<br />

Que o Estado e o Direito, embora estejam intrinsecamente «relacionados», não se identificam e<br />

devem mesmo distinguir-se, está bem patente nesta simples Verdade, como que «evidente» por si própria:<br />

<strong>ao</strong> que for, verdadeiramente, de Direito (nomos, ius), deve-se sempre «obediência» — não só em nome do<br />

imperativo categórico kantiano da «universalidade (formal) da “Regra-de-Direito” (Rule of Law)», mas<br />

também em nome e com fundamento na «material» axiologia normativa que o Direito (enquanto nomos,<br />

ou ius) sempre pressupõe (comunitariamente) e convoca (fundamento «material» ético-axiológico-<br />

normativo); <strong>ao</strong> Estado, sobretudo <strong>ao</strong> «Estado-aparelho», ou <strong>ao</strong> «Estado-Poder» (kratos), nem sempre se<br />

deve «obediência», mesmo quando, como muitas vezes sucede, ele se «apresenta» políticamente legitimado,<br />

ou até mesmo «democraticamente» legitimado — a simples legitimidade política, mesmo que «democrá-<br />

tica», sem ser acompanhada da indispensável e correlativa validade normativa, ou ético-axiológico-norma-<br />

tiva, nada é e nada «vincula» !<br />

E, muitas vezes, <strong>ao</strong> Estado (como aparelho-de-força), deve mesmo «desobedecer-se» — designada-<br />

mente, por exemplo, em nome do próprio Direito !<br />

Ainda, para o conceito de Estado Social, MARCELO REBELO DE SOUSA, mo mesmo local da<br />

POLIS antes referida, págs. 1188-1190.<br />

554

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!