20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

) — Sobre «Tipos de Racionalidade» e a Problemática da «Racionalidade» em Geral, como Qua-<br />

dro Geral em que se insere o problema da específica «Racionalidade Jurídica», veja-se, ainda, A.<br />

CAS-TANHEIRA NEVES, Metodologia Jurídica—Problemas Fundamentais, citado na Bibliografia<br />

Anexa, 1993, pág. 34 e seguintes.<br />

Depois de referir um Conceito Geral de «Razão» e de «Racionalidade», em que Ratio significa<br />

etimologicamente «Relação» (cálculo, ponderação) e «Relação Discursiva» entre uma certa posição<br />

ou conclusão e certos pressupostos (sejam materiais, como fundamentos, causas, fins, motivos, etc.,<br />

sejam formais, como um sistema de cânones ou «processo», um sistema institucionalizado de regras<br />

procedimentais) que discursivamente a sustentam, conferindo-lhe um sentido ou concludência, sendo<br />

neste sentido «racional» um pensamento que tem ou se propõe ter validade objectiva, a qual se afere<br />

pela sua «capacidade de fundamentação» e pela sua «criticibilidade» — o autor discrimina três<br />

modalidades básicas, intencionais e estruturais, de «Razão» e de «Racionalidade»:<br />

1. — A Racionalidade puramente Lógica ou do Discurso Lógico, da pura discursividade entre<br />

proposições num modo de inferência necessária entre elas, segundo regras que exprimem uma<br />

estrutura estritamente «Sintáctica» e cuja validade se afere pela mera Compossibilidade entre esses<br />

elementos proposicionais;<br />

2. — A Racionalidade de um discurso de referência objectiva, mediante um esquema de<br />

sujeito/objecto, que por isso se poderá dizer teórico (theoria = visão, contemplação) e cuja validade se<br />

pretende medir pelo próprio objecto referido (é a clássica adequatio rei et intellectus, como verdade);<br />

tipo de racionalida-de que admite três subtipos:<br />

a)— o discurso que se tem pela racionalidade das próprias coisas e pela explicação da reali-dade<br />

objectiva (transcendente) em si, como o inter-legere, ou o espelho (speculum) discursivo dela (dis-<br />

curso «intelectual», ou puramente especulativo), como era a intenção clássica do pensamento e da<br />

filosofia ontológico-metafísicos;<br />

ß)— o discurso de construções racionais de universalidade explicativa ou teorias, enquanto são estas<br />

universais hipóteses explicativas operatório-metodicamente comprovadas e a explicação é a infe-<br />

rência dedutiva dessas teorias como explanans para um concreto particular explanandum: é o<br />

discurso te-órico-explicativo de índole empírico-analítico e procedimental da «ciência moderna»,<br />

cuja validade é afi-nal uma validade metodológica;<br />

?)— o discurso segundo uma relação funcional (função-efeitos) ou o esquema «técnico» (meio-fim),<br />

em que a validade é adequação funcional ou aptidão instrumental e a racionalidade é efici-ência ou<br />

eficácia, segundo uma racionalidade funcional técnico-finalística;<br />

181

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!