20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

medicina, veja-se a conclusão a que chegou recentemente o Presidente do Conselho de Reflexão sobre a<br />

Saúde (CRES), DANIEL SERRÃO, na notícia dada por JORGE MASSADA no <strong>texto</strong> intitulado<br />

Portugueses ignoram problemas da Saúde, no semanário Expresso (caderno principal), de 21 de<br />

Setembro de 1996, pág. 11.<br />

Em relação a qualquer <strong>deste</strong>s dois últimos temas, o slogan «Menos Estado, Melhor Estado» — ainda<br />

está, portanto, por cumprir em Portugal !<br />

E quem o propôs, de início, desiludiu enormemente o eleitorado por omissão !<br />

O problema, a este respeito, em Portugal, está em saber se o País, dadas as suas tradições culturais<br />

prevalecentes de «Estatismo», do ainda espontâneamente dominante «Corporativismo Socio-<br />

Profissio-nal» [dos Professores, dos Médicos, dos Enfermeiros e dos Técnicos da Saúde Pública em<br />

geral, dos Veterinários instalados no «aparelho de Estado», dos Magistrados (sejam Juízes, ou do<br />

Ministério Público), dos Advogados, dos Funcionários da Justiça, das Polícias (todas !!!), dos<br />

Jornalistas (e, muito em especial dos Profissionais de Televisão...), dos Actores de Teatro, enfim... de<br />

praticamente todos os mais variados «grupos socio-profissionais» e a todos os níveis, cuja<br />

exemplificação especificativa, de tão longa quanto tantos são eles, se tornaria, aqui, por demais<br />

«fastidiosa»...] e da predominante influência do «Catolicismo» — possuirá, ou não, um significativo<br />

grau de capital social, no sentido em que F. FUKU YAMA utiliza esta expressão no seu último trabalho<br />

intitulado Confiança..., citado na bibliografia anexa.<br />

Porque, como diz este Autor:<br />

«(...) Tem sido defendido que o próprio mercado constitui uma boa escola para a sociabilidade, <strong>ao</strong><br />

providenciar oportunidades e incentivos à cooperação entre as pessoas em nome de um enriquecimento<br />

mútuo. Mas, apesar de o mercado impor, até certo ponto, a sua disciplina de socialização, a tese mais<br />

vasta do presente <strong>livro</strong> é a de que a sociabilidade não emerge simplesmente, de forma espontânea,<br />

sempre que o Estado diminui a sua esfera de influência. A capacidade para a cooperação a nível social<br />

depende da existência prévia de hábitos, tradições e normas, que constituem, eles próprios, factores<br />

estruturantes do mercado. Daí ser plausível que uma economia de mercado bem sucedida — mais do<br />

que gerar uma democracia estável — seja, sim, ela própria, bastante mais codeterminada por um<br />

factor de capital social previamente existente. Se este último for abundante, então, sim, tanto o<br />

mercado como a demo-cracia política se desenvolverão e o mercado poderá, assim, desempenhar de<br />

facto o seu papel de escola de sociabilidade, contribuindo para o reforço das instituições<br />

democráticas. Isto aplica-se particularmente <strong>ao</strong>s novos países em vias de industrialização que possuem<br />

governos autoritários, onde as pessoas poderão aprender nos locais de trabalho novas formas de<br />

sociabilidade, a aplicar depois na arena política».<br />

A consequência é a que o autor acrescenta logo a seguir:<br />

«(...) <strong>Um</strong> Estado liberal é, em última instância, um Estado limitado, no qual a actividade governa-<br />

mental é severamente restringida pela esfera de liberdade individual. Para que uma sociedade <strong>deste</strong><br />

302

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!