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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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econhecendo em cada acção e em cada pensamento um conteúdo Político, a própria Política é<br />

eliminada.<br />

A escritora JUNG CHANG (1952- ...) descreveu o totalitarismo em acção numa passagem de<br />

Os Cisnes Selvagens, as suas memórias do tempo em que viveu na China de MAO. “A intromissão<br />

completa do Partido nas vidas das pessoas era o próprio objectivo do processo chamado ‘reforma do<br />

pensamento’... Todas as semanas era organizada uma reunião para aqueles que participavam<br />

activamente na Revolução. Cada um tinha de criticar-se a si próprio pelos pensamentos incorrectos que<br />

lhe tinham passado pela cabeça e sujeitar-se às críticas dos outros... As reuniões eram um instrumento<br />

importante do controlo comunista. Não deixavam às pessoas qualquer tempo livre, elininando assim a<br />

esfera privada”. Os regimes totalitários combatem o individualismo (a noção de que a melhor<br />

sociedade é aquela que der a cada indivíduo a maior oportunidade de desenvolvimento das suas<br />

capacidades e de procura da felicidade), que desde o Renascimento tem sido um dos fundamentos<br />

filosóficos da Civilização Europeia».<br />

Temos, ainda hoje, «Exemplos» do Modelo Totalitário Real:<br />

α) ⎯ Na CHINA — apesar de todas as suas «interessadas» e cautelosamente «calculadas» tímidas<br />

«aberturas», apenas no campo económico (que FREITAS DO AMARAL valoriza e interpreta no<br />

sentido de uma transição de um modelo colectivista-totalitário para um modelo simplesmente<br />

autoritário de estilo hobbesiano: cfr. pág. 405 da sua História das Ideias Políticas, onde diz também<br />

que o mesmo fenómeno se tem estado a passar com «... alguns países do Leste europeu que<br />

abandonaram o comunismo a partir de 1989 sem se converterem à democracia pluralista de tipo<br />

ocidental»), mas onde continua a dominar a maior «desumanidade cultural, social e política» e o<br />

mais brutal desrespeito pelos «direitos humanos» que o Ocidente defende (e não estamos só a pensar<br />

no que se passou em Tianamen, pois são recorrentes as notícias de violação desses direitos naquele país<br />

com relativa frequência...), os quais não fazem qualquer sentido no con<strong>texto</strong> da própria «Cultura<br />

Chinesa», já que esta tem aliás uma já milenária «Tradição Colectivista», onde não faz qualquer<br />

sentido o respeito pela pessoa humana individual, ou onde «uma vida humana-pessoal» não tem<br />

qualquer valor, pelo menos tal como esta é pensada no Ocidente.<br />

β) ⎯ Em CUBA — que é também um Regime Totalitário Marxista, no sentido atrás referido, e onde<br />

também não se respeita minimamente os «direitos humanos», nem se to<strong>ler</strong>a qualquer «oposição» ou<br />

«dissidên-cia» <strong>ao</strong> regime, alimentando-se o povo com um requentado e já gasto Mito Guevarista<br />

Revolucionário e com as «ilusões» de uma liderança a prazo de um FIDEL DE CASTRO senil,<br />

caquéctico e patético, cujos longos discursos e cujo repetido grito desesperado de «Socialismo o muerte<br />

!» infundem mais piedade e compaixão do que hostilidade ou aversão, mas país esse que se pretende<br />

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