20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Não é um Poder Único, não implica uma Ideologia Única (apesar de recentemente se ter vindo a<br />

identificá-lo, reaccionariamente e numa clara atitude de desespero e de incompreensão para com as<br />

realidades actuais, com o desgastado Cliché de um pretenso «Pensamento Único» ...), nem tem um<br />

Líder Máximo Único que imponha <strong>Um</strong>a Direcção Única a Toda a Sociedade e a Toda a Vida<br />

Humano-Social, Cultural e Espiritual !!!<br />

Por outro lado, no con<strong>texto</strong> actual da Alta Modernidade, ou Modernidade Radicalizada, ou<br />

Modernidade Reflexiva, ou ainda Modernidade Tardia, como designa GIDDENS, globalmente, a<br />

contemporânea fase civilizacional que atravessamos neste final e século e de milénio (e que<br />

FUKUYAMA designou, pelas particulares razões hegelianas da sua perspectiva, como a «época do Fim<br />

da História», ou JOHN GRAY caracteriza como a «época da falência e do fim do Iluminismo»,<br />

enquanto outros se comprazem em caracterizá-la já como «época pós-moderna» ou do «fim<br />

catastrófico da Modernidade»), o capitalismo é apenas um, entre outros, dos vários e distintos<br />

aspectos organizacionais ou institucionais a considerar (refere-se, estritamente, <strong>ao</strong> aspecto económico)<br />

— o que já considerámos no local próprio — e é altamente incorrecto designar-se o todo apenas a partir<br />

da parte ou de um dos seus vários e distintos elementos constitutivos.<br />

Diz J. CARLOS ESPADA, num seu <strong>texto</strong> intitulado Hit<strong>ler</strong> visto de Londres, publicado no semanário<br />

Expresso de 10 de Abril de 1998, pág. 22, que, sendo preciso conhecer a personalidade de WINSTON<br />

CHURCHILL e a democracia inglesa para se compreender o homem e o regime a que fizeram frente<br />

(HITLER e o nazismo), segundo o conselho de POPPER, há que atender às palavras de Sir WINSTON a<br />

respeito do percurso pessoal e das origens sociais de HITLER:<br />

«(...) É importante recordar estas palavras, porque elas foram apagadas por décadas de demagogia<br />

comunista e esquerdista, tentando identificar HITLER e o chamado “capitalismo”. WINSTON<br />

CHURCHILL nunca incorreu nesse disparate. Ele obviamente defendia o chamado “capitalismo”, na sua<br />

versão inglesa e civilizada, e — tal como FRIEDRICH HAYEK ou KARL POPPER — sabia que<br />

HITLER e ESTALINE pretendiam destruí-lo».<br />

E continua ESPADA:<br />

«(...) Mas a inveja e o ressentimento contra o sucesso (sentimentos que, dissera antes, eram alimentados<br />

por HITLER) não chegam para <strong>fazer</strong> uma doutrina totalitária — ainda que sejam ingredientes<br />

indispensáveis. Falta uma “filosofia” que anule todos os escrúpulos morais, todas as normas de conduta<br />

imparciais — que impõe limites <strong>ao</strong> capricho da vontade e <strong>ao</strong> poder dos homens uns sobre os outros.<br />

Essa filosofia tinha sido dada por NIETZSCHE à Alemanha: “Sempre que encontrei vida, encontrei a<br />

vontade do poder” declarara o grande pensador do desespero e da suspeita, hoje tão admirado por certa<br />

esquerda intelectual.<br />

WINSTON CHURCHILL captou imediatamente esta apropriação do desespero nietzschiano pela<br />

vulgata de HITLER: “A tese pincipal de Mein Kampf era simples. O homem é um animal lutador;<br />

198

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!