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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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qualquer «Histórico» (mas, por isso mesmo, sempre «Contingente» ...) «Consenso» a respeito do que,<br />

«Casualmente», pensamos, ou jul-gamos, que ela seja, ou possa ser !!!<br />

E ainda que, por mera hipótese académica, de um «Modo Unânime» e/ou «Total» ou «Absoluta-<br />

mente Consensual», num dado «Momento» !!! Ela está sempre «Para Além» do «Processo Histórico»<br />

da sua «Interminável Busca/Procura», porquanto ela é, sempre, um «Valor», ou um «Ideal», «Supra-<br />

Tem-poral» e/ou «Transcendental» e, verdadeiramente, «Méta-Histórico» !!!<br />

A «VERDADE», enquanto tal, na sua «Pura Idealidade» está sempre num «Para Além» de tudo isso e,<br />

como tal, permanece sempre, portanto, um «Algo de Méta-Referencial» ...<br />

[Como o escreveu FRANCISCO SARSFIELD CABRAL: Cfr. Ética na Sociedade Plural, © Edições<br />

Tenacitas, Coimbra, 2 001, Página 83 ⎯ em Capítulo sob a epígrafe: «Debate Ético e Valorização das<br />

Di-ferenças» e em Parágrafo intitulado: «A Verdade Vos Libertará»:<br />

«(...) Valorizar o debate ético e a procura do consenso, que lhe está implícita, é o oposto de uma atitude<br />

relativista, de tanto faz. Se não fôsse possível uma discussão racional sôbre Valores, se os fins que<br />

cada pessoa prossegue decorressem, apenas, de imposições afectivas e irracionais, se (como querem<br />

alguns pós-modernos) tudo se resumisse a uma simples questão de "preferências", sem "fundamento<br />

argumentativo" possível, então não teria qualquer sentido debater problemas éticos. (...).<br />

(...) Neste mundo pluralista em que vivemos, talvez já não seja difícil uma atitude humilde face à<br />

"Verdade", que não caia no relativismo, mas que, simultâneamente, seja consciente das limitações da<br />

razão em geral e da razão humana e finita, que é a de cada um de nós, em particular. Se nenhuma<br />

pessoa ou instituição possui toda a Verdade (a finitude também aí se faz sentir), o diálogo com os<br />

outros nunca poderá limitar-se a um esforço para os convencer da (nossa) Verdade ⎯ também eles,<br />

porventura "no êrro", nos podem abrir a novas dimensões da realidade.<br />

É porque se acredita na Verdade e na possibilidade de a alcançar que o debate surge. (...)».].<br />

2. ⎯ Depois, o Valor ou Princípio que especifica o Direito enquanto tal e o diferencia, desde os<br />

Romanos, decisivamente de quaisquer outras ordens normativas sociais: a JUSTIÇA, como, pelo<br />

menos, a exacta e rigorosa correspondência, proporção e adequação (justeza) entre o Ser e o<br />

Dever-Ser e, portanto, concretos proporção, equilíbrio, reciprocidade, comutatividade, equivalência<br />

e equidade (ius est ars boni<br />

et<br />

æqui) entre os homens — i. é, como:<br />

α) ⎯ Suum Cuique Tribuere (dar, reconhecer, retribuir a cada um o que lhe fôr próprio e seu; ou,<br />

num «lugar comum» da Língua Portuguesa: «O Seu a Seu Dono ...»);<br />

β) ⎯ Honeste Vivere (viver honestamente);<br />

γ) ⎯ Neminem Lædere (a ninguém prejudicar, ou molestar);<br />

δ) ⎯ Pacta Sunt Servanda (os contratos são para cumprir-se), Etc., Etc....<br />

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