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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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P.: Por exemplo ?<br />

R.: Na educação pré-escolar. Seria um bom princípio para se começar a alterar a política em termos de<br />

assegurar a liberdade de escolha das famílias. Muito embora na lei-quadro se tivesse consagrado a<br />

gratuitidade da componente educativa, isso é assegurado no sistema público e no da solidariedade e<br />

continua a discriminar-se as famílias que têm os filhos no privado».<br />

O <strong>texto</strong> continua, sob outras vertentes, mas este entrevistado considera que o modelo estatizante é<br />

cerceador de uma escola diferenciada, com um projecto educativo próprio, motor da qualidade do<br />

sistema; e considera ainda que há uma intenção de «clara contenção do privado».<br />

Noutro <strong>texto</strong>, no mesmo local, à pergunta:<br />

«Então qual é o problema da educação ? — respondeu:<br />

«É um problema de qualidade e eficiência. E é por de mais notório que não será possível melhorar<br />

substancialmente a qualidade no desempenho das instituições e do sistema educativo no actual quadro,<br />

que constitui um bloqueio <strong>ao</strong> desenvolvimento dessa qualidade e eficiência.<br />

P.: Porquê ?<br />

R.: Porque o modelo de um sistema integrado, unificado, centralizado está perfeitamente esgotado. O<br />

Estado não tem capacidade para administrar o gigantismo do sistema actual numa perspectiva e<br />

integração, unificação, de centralização». Etc., etc.<br />

Como informa, a propósito do tema intitulado Democracia y Ética, JAIME RODRÍGUEZ-ARANA<br />

MUNÕZ, num excelemte <strong>texto</strong> em castelhano publicado no número de Janeiro-Junho de 1997 da revista<br />

Scientia Ivridica, da Universidade do Minho, ARISTÓTELES teria dito, no <strong>livro</strong> VII da Política, que:<br />

«... é da máxima importância a educação de acordo com o regime, que agora todos descuidam, porque de<br />

nada servem as leis mais úteis, ainda que ratificadas unanimemente por todo o corpo civil, se os<br />

cidadãos não são educados e comprometidos com o regime...». E acrescenta aquele autor primeiramente<br />

referido, no seu idioma próprio: «(...) Es decir, la educación en los valores propios del sistema<br />

democrático es una condición de estabilidad política y, lo que es más importante, permite que esos<br />

valores se manifiesten en la sociedad, se “interioricen” y se “vivam” por la mayoría de la ciudadanía. En<br />

este marco, havría que preguntarse hasta que punto se explican los valores de la libertad, de la<br />

responsabilidad, de la igualdad, de la fraternidad, de la transparencia, de la honestidad, de la integridad,<br />

en escuelas y en todos los grados del escalón educativo empezando por el familiar, que es el con<strong>texto</strong><br />

más adecuado para ejercitarse en los hábitos democráticos».<br />

Também aqui, se tem sempre confundido os papéis normativo-regulador, financiador e fiscalizador do<br />

Estado com uma sua obssessiva função prestadora, ainda por cima pensada e praticada esta nos moldes<br />

de uma economia de escala moderno-industrial e de massas e ainda não verdadeiramente pós-industrial<br />

ou pós-moderna, como se esses papéis e essa função não pudessem ser dissociados e desempenhados por<br />

agentes diferentes.<br />

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