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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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Esquadro», modernizantes «Avant La Lettre ..., ou, simplesmente, a «despropósito da Realidade ...»,<br />

no Século XIX Europeu e com uns «Mapas Côr-de-Rosa» pelo meio, mas onde, actualmente, imensas<br />

«Massas Populaci-onais» ⎯ já completamente desenraizadas/descontextualizadas das suas (embora<br />

...) Ancestrais e Tradici-onais «Culturas-de-Origem» ⎯ agora «Sobram», quase que «Excrecentes» e<br />

«Aos Milhões», famélicas e errando/vagueando, como os «CEGOS» de SARAMAGO ..., pelos<br />

«Mundos» de, Só, «Betão» e «Asfalto», da(s) Luanda(s) dos «Nossos Dias» !!!<br />

f) — Para JOHN GRAY, contudo, na obra acima referida (último capítulo), contrariando o liberalismo<br />

pós-moderno de RICHARD RORTY (que renuncia a qualquer fundação ou justificação transcendental,<br />

mas que diz que «uma sociedade liberal ideal não tem nenhum propósito a não ser a liberdade»), o<br />

qual considera uma «ilusão», como todo o pós-modernismo em geral, e uma versão tipicamente<br />

americana ainda do projecto Iluminista de uma civilização racional, cosmopolita e universal, bem<br />

como a tentativa de alguns pensadores contemporâneos franceses de usar a teoria pós-<br />

-moderna para reforçar o projecto tradicional da Esquerda da emancipação universal, diz:<br />

«(...) Podemos não obstante discernir alguns dos passos que necessitamos dar, se é que temos qualquer<br />

hipótese de abrir um caminho através das ruínas em cujas sombras presentemente vivemos. O projecto<br />

universalizante das culturas ocidentais, o qual no nosso con<strong>texto</strong> histórico se tornou uma expressão<br />

niilista da vontade de poder, deve ser abandonado e substituído por uma vontade de partilhar a Terra<br />

com culturas radicalmente diferentes. <strong>Um</strong>a tal aceitação da diversidade entre comunidades humanas não<br />

deve ser um meio de promover uma última convergência no mesmo, mas antes uma expressão de<br />

abertura à diferença cultural. A aceitação da diversidade cultural que mais é necessária não é o<br />

pluralismo de planos e de estilos de vida afirmado nas culturas liberais ocidentais, mas um<br />

reconhecimento da realidade da diversidade cultural entre inteiros modos de vida. A tarefa política é<br />

a de distinguir as instituições em que às comunidades e tradições culturais são dados<br />

reconhecimento e abrigo, e nas quais as suas pretensões frequentemente conflituantes são mediadas<br />

e moderadas.<br />

Em muitas partes do mundo, tais instituições só podem ser Estados soberanos que — <strong>ao</strong> contrário de<br />

muitos existentes Estados-Nação — reflectem uma subjacente cultura nacional. O Estado-Nação não é,<br />

nesta visão pluralista, uma panaceia, ou — como no liberalismo Wilsoniano — um princípio universal;<br />

é um artifício institucional para a transmissão de uma cultura comum, que é apropriado para a nossa<br />

circunstância na medida em que reconhece a contingência e a particularidade de todas as culturas<br />

comuns e a sua irredutível diversidade. A construção nacional — que é a tarefa política da época,<br />

agora que o desfecho da situação do pós-guerra está a ser seguido pelo fraccionamento da situação do<br />

século XIX, na Europa e através do mundo — nem sempre será possível, ou desejável. Em algumas<br />

circunstâncias — talvez as da Rússia pós-comunista, por exemplo — as exigências Hobbesianas da paz<br />

podem implicar um quadro de instituições neo-imperial; se assim for, deve, até onde puder, também<br />

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