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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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14 - «Racionalidade» e «Espiritualidade» Humanas.<br />

a) — Vimos que as referidas Formas «Verticais» da Liberdade, que são sempre formas de uma «li-<br />

berdade para... » e que, por isso, implicam também sempre os valores, já claramente<br />

heterodireccionados, da RESPONSABILIDADE e da VINCULAÇÃO, implicam ainda as<br />

inelimináveis dimensões de hierar-quia, de prioridade ou escalonamento, de qualificação e de mérito,<br />

de verticalidade, etc., bem como, obviamente, a indenegabilidade do «ESPÍRITO» para além e<br />

enquanto distinto da mera Racionalidade ou Intelectividade (o Noús aristotélico), ou da mera «Razão<br />

Lógico-Dissociativa» ou «Crítico-Analítica», própria da Ciência Moderna, e como dimensão<br />

Transcendens e Suprema da Existência.<br />

Vimos também que, na Unitas Multiplex que é a Pessoa Humana Individual, a Racionalidade pertence<br />

mais <strong>ao</strong> estrato intermédio da dimensão vivencial, crítico-racional e de Ego da Realidade, en-quanto<br />

que a Espiritualidade se encontra mais na terceira dimensão da relação introceptiva e puramente<br />

humana da Pessoa com os Valores e o Mundo<br />

dos Valores.<br />

À Racionalidade, concebemo-la tanto Crítica como Prática.<br />

Mas, na verdade, o «Espírito» é mais criativo, simbolizador, interrogante, dialéctico, integrador ou<br />

totalizador e sintetizante (melhor: «Religante» ...).<br />

Possui, sobretudo, uma dimensão Vertical e Fundadora (ou «Fundacional») de que carece a estrita<br />

«Razão» só Teórica ou Técnica do «Racionalismo» e «Intelectualismo» Modernos: estes últimos têm<br />

a ver mais com os «Conceitos», os «Procedimentos», os «Processos», a «Lógica» e o estrito «Princípio<br />

da Não-Contradição», a «Explicação», a «Instrumentalidade», a «Operacionalidade», a<br />

«Experimentali-dade» e os «Meios»; aquele primeiro tem a ver mais com as «Ideias», os «Ideais», os<br />

«Valores», os «Prin-cípios», os «Fundamentos», os «Sentidos», a «Compreensão», a<br />

«Experiencialidade», a «Sensibilidade» e os «Fins».<br />

Este último é também o terreno privilegiado, não tanto da Ciência em sentido estrito e «Moderno», mas<br />

da Sapiência, da Filosofia, das Ciências da Cultura ou do Espírito, da Hermenêutica, da Arte, das<br />

Humanidades e do Humanismo.<br />

É por isto mesmo que Nós «Rejeitamos», decididamente, o Racionalismo e o Intelectualismo «Mo-<br />

dernos» e «Cartesianos» ⎯ e «Nunca» aceitaríamos «definirmo-nos» como, apenas ...: «<strong>Um</strong><br />

Intelectual» — ou jamais assumiríamos a «Pose do “Intelectual”» (a qual, de resto, «Abominamos» !!!<br />

), já que: Nem Todos os «Seres Inteligentes» são ... «Intelectuais» !!!<br />

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