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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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É que, é mesmo uma «realidade», porventura não só de hoje, mas hoje particularmente «agudizada»,<br />

em muitos planos — desde logo, o da radicalmente diferente situação civilizacional que hoje se vive,<br />

globali-zada a nível de todo o Planeta, que GIDDENS chama de Alta Modernidade, ou de<br />

Modernidade Radicali-zada, ou ainda de Modernidade Tardia: por exemplo, sobre a actual juventude<br />

japonesa, veja-se o traba-lho jornalístico publicado a págs. 30-42 da separata dominical Pública, de 16<br />

de Novembro de 1997, sob o título: Adolescentes Japoneses: O Império da Juventude; o de um<br />

«sistema de ensino», pelo menos em Portugal, degradado e massificado, de muito baixa qualidade e<br />

irresponsabilizante; mas, em contrapar-tida, o intenso «stress» de alta competição intra-escolar<br />

imposto de fora pela imperiosa necessidade de obter as mais elevadas qualificações; e, não obstante,<br />

o da dificuldade já estrutural das oportunidades de emprego e o da insegurança existencial de um<br />

futuro profissional ainda muito incerto para os jovens, etc, etc.... —, que os «jovens de hoje» vivem,<br />

efectivamente, num mundo radicalmente diferente do que foi, não há assim tanto tempo afinal, o dos<br />

seus pais e demais adultos !<br />

E estes e as «famílias» pouco ou nada podem <strong>fazer</strong> contra aquela «realidade», porquanto não podem<br />

(nem devem !) segregar ou isolar os jovens — numa atitude de «pseudo-protecção», aliás pratica-<br />

mente impossível — daquela referida «envolvente» cultural e civilizacional global !<br />

Mas a referida incomunicabilidade continuará, afinal, a existir, enquanto aqueles acima referidos<br />

adultos, «falsos jovens» — ou que se julgam «ainda» jovens —, não assumirem a sua «verdadeira<br />

ida-de», ou «realidade geracional própria» e a sua real ou devida «maturidade» —, enquanto<br />

continuarem a demitir-se das suas «responsabilidades» de «mais velhos» —, que o são «na<br />

realidade»... — e não «corresponsabilizarem» a sério — convocando-os para a «adultícia» —, os<br />

«verdadeiros» jovens de ho-je — num plano de «recíproca igualdade» e de «recíprocos e iguais<br />

consideração e respeito» — por uma «situação humana» e «Civilizacional» e por um «Mundo» —<br />

que são hoje «comuns» — ou que, pelo me-nos, hoje, «todas» as «gerações» existentes partilham em<br />

comum — e pela «viabilidade» de uma verda-deira «compreensão inter-geracional recíproca» e do<br />

correspondente «diálogo» e «inter-comunicação» —, mas sem concessões e facilitismos morais, ou<br />

hipócritas indulgências e «falsas», ou só «simpáticas», «compreensões» permissivas: quer dizer, sem<br />

quererem «aparecer» sempre, aqueles adultos «falsos jo-vens», como «os bonzinhos da fita», sempre<br />

«culpabilizados» pelo dedo acusador e emocionalmente chantagiador de muitos desses «verdadeiros<br />

jovens» — que são deixados, frequentemente, colocarem-se, por sua vez, na sua, muito fácil e cómoda,<br />

situação de «aparecerem» sempre como apenas as vítimas de uma Sociedade e de um Mundo que —<br />

dizem eles, então... —, não criaram e não ajudaram a construir !<br />

[Mas, continuando agora a referir-nos àquele articulista mais atrás referido, quando, perguntado: «Estes<br />

comportamentos dos estudantes surgem isolados ?» — respondeu:<br />

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