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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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homosexualidade activa entre a população adulta estimada em 2% da população em ambos os sexos,<br />

embora seja aparentemente mais frequente no sexo masculino; se distingue claramente a<br />

homosexua-lidade dos fenómenos do travestismo e do transexualismo; e se informa que, hoje em dia,<br />

se admitem simultaneamente influências hereditárias, hormonais, comportamentais e educacionais<br />

na sua génese; bem como que, para a psicanálise — que explica o longo processo de desenvolvimento<br />

da personalidade, desde a infância precoce, passando pela chamada «fase de latência» e pela<br />

adolescência, até à «estabiliza-ção» adulta, através de diversas etapas —, a homosexualidade é<br />

considerada uma «paragem» do curso normal desse processo; apesar de, por outro lado, no campo da<br />

psiquiatria e da sexologia contemporâneas lhe ter vindo a ser retirado o carácter «patológico».<br />

Sobre o Lesbianismo (ou Tribadismo, ou Safismo, do nome da importante poetisa grega SAFO, c. 620<br />

A. C., nascida na Ilha de Lesbos, pertencente à aristocracia da ilha, que dirigia uma espécie de escola<br />

literária ou tertúlia frequentada pelas mulheres da ilha e cujos poemas eram «ardentes de paixão»), veja-<br />

se a mesma obra, Volume XI, pág. 3 676.<br />

E finalmente, numa perspectiva mais conservadora e claramente católica, mas dando grande impor-<br />

tância <strong>ao</strong>s factores condicionantes socio-ambientais e, sobretudo, educacionais, na progressiva<br />

formação da personalidade, mais do que <strong>ao</strong>s factores herdados, veja-se o artigo intitulado Sexualidade<br />

Humana, subscrito por J. A.DA SILVA SOARES, na POLIS, citada na bibliografia anexa, Volume 5,<br />

1987, págs. 738-749.]<br />

[<strong>Um</strong> <strong>texto</strong> de JOÃO CARLOS ESPADA intitulado Liberdade para escolher, publicado no semanário<br />

Expresso de 1 de Agosto de 1998 (<strong>ao</strong> qual nos referimos já no Ponto 8 do Capítulo II e por nós aí<br />

destacado apenas por causa da temática do «sistema educativo centralizado» que temos), deu lugar, <strong>ao</strong><br />

que parece, a uma polémica subsequente entre aquele cronista e EDUARDO PRADO COELHO, mas<br />

agora centrada mais na questão da «normalidade», ou não, de certos comportamentos sexuais<br />

humanos e da atitude de maior ou menor «to<strong>ler</strong>ância/permissividade» que há-de tomar-se em relação<br />

a eles — polémica de que pudemos registar, pelo menos, as duas Cartas <strong>ao</strong> Director publicadas no<br />

jornal Público de 7 de Agosto de 1998, pag. 8.<br />

A questão reveste todo o interesse e parece colocar-se, para J.C. ESPADA (<strong>ao</strong> criticar ele o «relativismo<br />

cultural e moral» dos pedagogos e autores de um virtual programa governamental de «educação sexual»,<br />

a ser aplicado através do sistema de ensino «oficial»), em combater a «... ideia peregrina de que todos os<br />

comportamentos sexuais são igualmente válidos e dignos de promulgação...». Ou seja, se bem o<br />

compreendemos, a necessidade da defesa da indispensabilidade de um padrão normativo-cultural,<br />

que permita distinguir, regulativamente, entre os comportamentos sexuais «normais» (i. é, aceitáveis,<br />

desejáveis) dos «anormais» (i. é, não-aceitáveis, indesejáveis, ou até, eventualmente «perversos»),<br />

promovendo e acarinhando pedagogicamente os primeiros e, eventualmente, marginalizando e<br />

estigmatizan-do socialmente os segundos.<br />

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