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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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nosso país, deveria ser feito uma renovação e um revigoramento do Municipalismo e uma verdadeira<br />

«revolução» no Poder Local.<br />

Porque este último também não vai nada bem, em Portugal, o que é tema já não só de um ou outro<br />

autor isolado. Leia-se, por exemplo, o exemplar Editorial subscrito pelo mesmo MIGUEL SOUSA<br />

TAVARES, no nº. 88, 2ª. Série, de Julho de 1998, da revista Grande Reportagem, sob o título A culpa é<br />

nossa, onde se diz, designadamente, o seguinte:<br />

«(...) A especulação imobiliária, a selvajaria urbanística, a devastação ambiental e paisagística, só<br />

terão um fim no dia em que as autarquias deixarem de receber receitas da sisa e da contribuição autárquica.<br />

No dia em que a sua única fonte de financiamento for o Orçamento de Estado e em dependência do<br />

cumprimento das leis e dos planos aprovados.<br />

Enquanto isso não sucede, os autarcas continuarão alegremente a autorizar tudo e mais alguma coisa.<br />

Porque, quanto mais autorizarem, mais receitas têm; e, quanto mais receitas tiverem, mais “obra” mostrarão;<br />

e, quanto mais “obra” mostrarem, mais votos colherão.<br />

Este sistema de gestão local é apenas uma forma de democracia corrompida, na sua essência. Quando<br />

falo em corrupção, não me refiro apenas <strong>ao</strong>s que metem dinheiro <strong>ao</strong> bolso, a troco de contrapartidas.<br />

Refiro--me também a este sistema instalado na gestão das autarquias, em que se trocam urbanizações e<br />

“contrapartidas” por vitórias eleitorais.<br />

Haverá algum dia vontade política e coragem de pôr termo a isto ? Só se forem as populações, as<br />

pessoas concretas — os que sofrem diariamente o trânsito caótico, as habitações degradadas, os espaços<br />

verdes urbanizados, o crime e a insegurança dos dormitórios e a falta de qualidade de vida que lhes<br />

impuseram —, só se forem esses a revoltarem-se e a perceberem a origem do mal».<br />

Só que SOUSA TAVARES é — e não sem alguma razão, deve reconhecer-se-lhe — algo «pessimis-<br />

ta» em relação <strong>ao</strong>s portugueses.<br />

E, por isso, conclui assim o <strong>texto</strong> agora em referência:<br />

«Mas, como somos por natureza um povo acomodado, preferimos a maledicência, o boato de café e a<br />

calúnia anónima, do que a defesa frontal dos nossos direitos. Consolamo-nos repetindo que “eles” são todos<br />

corruptos e “andam todos <strong>ao</strong> mesmo”.<br />

“Eles” são os maus e “nós” somos os bons. Porque eles fazem mal e nós não fazemos nada. E é assim<br />

que, Sintra a Sintra, Portugal se vai transformando num país horrendo e desagradável».<br />

Não terá a ver este «pessimismo» de SOUSA TAVARES com o facto, que já noutros locais referimos,<br />

de sermos, também nós, uma Cultura da Mãe ???<br />

j) — Consequentemente, o Princípio do «Mercado Aberto» e da «Livre Concorrência» na estrutu-<br />

ração interna da «ordem económica e financeira», ou catalaxia, da comunidade; e o princípio da<br />

«liberda-de negocial» e da «autonomia privada»: Cfr. Artigo 3º.-A da versão consolidada do Tratado de<br />

Roma, no Título II do «Tratado da União Europeia» assinado em Maastricht em 7 de Fevereiro de 1992,<br />

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