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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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9 - A «Natureza Humana Real»: <strong>Um</strong> «Optimismo Relativo, Crítico e Realista».<br />

Aquilo que a Metafísica Clássica chamava de Natureza Humana — entendido aqui o termo<br />

Natureza, não no sentido das modernas «Ciências da Natureza», ou «Ciências Exactas», como sinónimo<br />

de Mundo (mineral, vegetal, animal) em que o homem vive e onde está sujeito <strong>ao</strong> respectivo Determinismo,<br />

como as leis da Física, da Química, da Biologia, da Psicologia, etc. [nível naturalístico este para o qual é,<br />

afinal, mais apropriada a definição Biológica de KONRAD LORENZ, referindo-se à «Natureza» do<br />

Homem, como consistindo esta num «Programa Aberto»; ou que é também o nível <strong>ao</strong>nde, <strong>ao</strong> que parece,<br />

FRANCIS FUKUYAMA procura, hoje, consolidar um conceito de «Natureza Humana», com base na<br />

«Biologia Molecular», muito em especial: Cfr. O Nosso Futuro Pós-Humano, citado na Bibliografia<br />

Anexa, designadamente, a Págs. 202: «A natureza humana é o somatório dos comportamentos e das<br />

característi-cas que são típicas da espécie humana e que tem origem genética e não ambiental».], mas<br />

antes no sentido «Filosófico/Antropológico/Cultural» de Essência ou Constitutivo de Cada Ser, em que<br />

Natura se aproxima de Essentia, Esse (SANTO AGOSTINHO), designando o que verdadeiramente “É”, o<br />

Núcleo Ontológico, a Fonte de que nasce tudo o mais, e que é o sentido mais originário de Natureza,<br />

como correspondendo à Experiência do Ser como Presença, Apresentar-se, Surgir ou Revelar-se perante<br />

a Consciência ... — passou a ser designado, depois da «Analítica/Hermenêutica Ontológico-Existencial»<br />

(no modo de uma «Ontologia Fenomenológica»), feita por MARTIN HEIDEGGER, em Ser e Tempo<br />

(Sein und Zeit ⎯ 1927), como <strong>Um</strong>a «Constituição Ontológico-Fundamental» do Da-sein, do Ser-Aí ⎯<br />

que é o Homem «lançado» ou «projectado» no seu «Aí» e, mais especificamente, como Ser-no-Mundo e<br />

como Ex-sistência, ou Ek-sistência, i. é, literalmente, o Ser que Sai-de-Si-Para ..., ou o “Ser” que Se<br />

“Pro-jecta” Para ...<br />

Pelo que, desde já advertiremos o Leitor que, a menos que o contrário seja explìcitamente dito, usare-<br />

mos, sempre e tàcitamente, o termo «Natureza Humana», ou «Natureza Humana Universal», neste muito<br />

específico sentido heideggeriano de: «Constituição Ontológico-Fundamental» do «Ser Humano», como<br />

«Denominador Comum» da (também dita) «Condição Humana», ou «Espécie Humana».<br />

É esta hoje uma perspectiva Preliminar e Inarredável de todo o Filosofar, entendida a Filosofia tam-<br />

bém, de algum modo, como esse Autor a designava ⎯ i. é, como «A Ontologia Universal e Fenomenoló-<br />

gica».<br />

Nessa Analítica e/ou Hermenêutica se determinam os «Existenciais» (como opostos às «Catego-<br />

rias», próprias das Coisas), os «Modos-de-Ser» e os «Modos-de-Dar-Se» do Ser Humano que desenham<br />

um Quadro<br />

(= Grelha/Complexidade/Ordem)<br />

Estrutural-Fundamental,<br />

Geral-Formal,<br />

Aberto e Universal<br />

de «Determinações» , de «Condições» , de «Relações» , de «Situações e de «Possibilidades»<br />

que o «Consti-<br />

tuem» e que se lhe «Abrem», de diversos «Modos», como: «Ordem Relacional Interna»; Temporalidade e<br />

Historicidade; Abertura Ontológica para o Mundo, a Realidade e a Verdade; Poder-Ser; Projecto; Pos-<br />

sibilidade «Transcendens», Etc. ⎯ e menos, na verdade, como Sub-Stância ou Sub-Sistência; i. é, menos,<br />

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