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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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<strong>Um</strong> exemplo da defesa anacrónica de uma nebulosa, mística e inviável «utopia negativa», que não<br />

aprende com a realidade e com a experiência, de «... uma sociedade mais justa, que não seja baseada<br />

no mercado, e que se construa a si em termos internacionais, em termos europeus», uma vez que acha<br />

também «... que, a par dessa democracia política (como sistema garantidor das liberdades fundamentais<br />

de associação e de expressão, que é uma aquisição da Revolução Francesa, um património comum da<br />

humanidade moderna no qual se reconhece inteiramente e pelo qual lutou toda a vida), há um grande<br />

campo para a democracia económica e social, e enquanto o critério orientador dos sistemas políticos<br />

democráticos for a economia de mercado, o interesse, o lucro e a acumulação, essa liberdade de<br />

expressar ideias perde o sentido. Se não funcionar a par de uma democracia económica e social que dê<br />

às pessoas muito mais direito de interferência sobre aquilo que fazem, que produzem e sobre a forma<br />

de o distribuir, a democracia política é esvaziada. É o que acontece agora». Tudo isto, a par de uma<br />

total incompreensão da complexidade da actualidade histórica, auto-denominada essa incompreensão<br />

de «optimismo estratégico» e de «pessimismo conjuntural» —, pode ver-se na entrevista do historiador<br />

de Estrema-Esquerda FERNANDO ROSAS, dada a FERNANDA PRATAS, na Revista Grande<br />

Reportagem, nº. 68, Ano VII, 2ª. Série, de Novembro de 1996.<br />

Curiosamente, na mesma Revista (mas no «recauchutado» e «aniversariante» nº. 109º., de Abril de 2<br />

000, págs. 126), pode <strong>ler</strong>-se, num «inteligente» <strong>texto</strong> de «Opinião», subscrito por PAULA MOURA<br />

PINHEIRO, o seguinte, justamente acerca de pessoas, como as <strong>deste</strong> «historiador» acabado de referir<br />

— que, mais recentemente, se vieram a refugiar — sem se saber bem o que guardam, ainda, do seu<br />

«passado» marxista-radical, e em que é que, verdadeiramente, «mudaram» — e, portanto, o que é que<br />

«realmente» pensam, hoje, suposto que, na verdade, «o façam»..., em termos, obviamente, de um<br />

elementar «princípio de realidade»... — num «confusionista» e algo «nebuloso», mas seguramente<br />

«radical», auto-denominado «BLOCO DE ESQUERDA»:<br />

«(...) A minha preocupação com esta série de homens e mulheres empenhados na renovação da<br />

Esquerda é outra. Conheço de perto muitos deles. Professores, intelectuais, artistas, profissionais<br />

liberais, em muitos casos activistas cívicos. Pergunto-me até que ponto esta gente — bem lida, bem<br />

pensante, solidária, generosa, animada das maiores intenções humanistas, incapaz de se conformar com<br />

a injustiça e a exclusão social, preocupada com um futuro que, por esta via, só se adivinha negríssimo<br />

— está devidamente apetrechada para a grande contraproposta a que se candidata. E, quando digo<br />

“apetrechada”, falo de Saber. (...)».<br />

E não deixa de «observar», muito pertinentmente, um pouco mais à frente:<br />

«(...) Creio que uma espécie de pudor ideológico impede a aproximação analítica dos renovadores da<br />

Esquerda às razões e <strong>ao</strong>s métodos <strong>deste</strong> capitalismo fim-de-século.(...)».<br />

E a concluir:<br />

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