20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Cremos não errar, <strong>ao</strong> <strong>fazer</strong>mos corresponder «isto mesmo» <strong>ao</strong> que outros chamam, verdadeiramente, de<br />

uma autêntica «Liberdade Transcendens»..., ou a Liberdade «Por Sôbre», ou «Por Cima», ou «Para<br />

Além» do Mundo...<br />

Ou ainda, afinal, <strong>ao</strong> que, em Filosofia, comummente se designa por «Reflexão<br />

Transcendental»,<br />

seja<br />

no sentido Kantiano e «Moderno», seja no sentido Fenomenológico de HUSSERL — Cfr., a respeito<br />

desta expressão, a LOGOS—Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, Volume 5, 1992, págs. 269-272.<br />

Ou, ainda, porventura, dito de outra maneira: Constituo-me e Firmo-me, «Eu-próprio», como Autó-<br />

nomo e Livre «Sujeito-Pessoa», na minha «Desamparada», mas Radical e Inescapável,<br />

«Subjectividade Ontológico-Existencial» e verdadeiramente «Antropológica», tanto mais, quanto mais<br />

«Objectivar» a dita «COISA» (ou o Mundo, ou a «Realidade Objectal»...) e dela «Me-Diferenciar», de<br />

modo a torná-la com-pletamente «Exterior» a Mim, «Fora-de-Mim» e «de-Mim-Desligada-e-<br />

Separada»...<br />

E pode também ser, esta «Liberdade Negativa», assim «Espessa» e «Reflexivamente» Pensada, a base,<br />

justamente neste sentido acabado de referir, para, afinal:<br />

— <strong>Um</strong> direito <strong>ao</strong> «Recolhimento» e à «Solitude» Individuais — <strong>ao</strong> «Estar Só»;<br />

— <strong>Um</strong> elementar direito <strong>ao</strong> Silêncio, à Quietude, <strong>ao</strong> Sossego, à Tranquilidade Interna e <strong>ao</strong> Repouso<br />

— seja, por exemplo, para o recobro, a restauração, reconstituição ou recomposição internas daquilo a<br />

que os Psicanalistas chamam de o «Narcisismo Primário» = [«Regressio in Utero ...»];<br />

— Bem como para uma Liberdade de Consciência «Própria» — como Coincidência e Identidade<br />

Consigo Próprio, ou «De-Si-a-Si» ... — e a consequente possibilidade do chamado «Livre Exame» ou,<br />

afi-nal e simplesmente, a Liberdade Ética, como «Primeiro Imperativo» da Consciência Própria ou<br />

«Auto- -Consciência».<br />

Veja-se, a este propósito, o excelente <strong>texto</strong> de CELESTE MALPIQUE, intitulado Da Capacidade de<br />

Estar Só, na Revista Portuguesa de Psicanálise, nº. 9, de Novembro de 1990, <strong>ao</strong>nde se pode <strong>ler</strong>, a título<br />

introdutório, as seguintes passagens que destacamos:<br />

«(...) Se considerarmos como WINNICOTT (1958) que “a capacidade de estar só” traduz um grau de<br />

“maturidade psíquica” para o qual se tende, teremos de distingui-la do sentimento de solidão que M.<br />

KLEIN (1963) assimila <strong>ao</strong> sofrimento próprio da doença mental.<br />

Melhor seria então admitir que antes de atingir a capacidade de estar só, se vive um percurso doloroso<br />

que é o da própria existência, se processa uma evolução que subjectivamente se pode expres-sar<br />

“pelo medo de ficar só”, pela “angústia de ficar só-abandonado”, “pela angústia de ficar só por ter<br />

destruído o outro”, “pela solidão do desencanto amoroso”, ou “pelo medo da morte”.<br />

115

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!