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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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simples»), ou ainda «época ou sociedade pós-tradicional» (designação que se prefere à de «pós-moderna»),<br />

ou também «ordem cosmopolita global», que reconhece que:<br />

«(...) Não existe uma terceira via <strong>deste</strong> tipo (a de um “socialismo de mercado”) e, com esta consta-<br />

tação, a história do socialismo como vanguarda da teoria política chega <strong>ao</strong> fim» (pág. 59) — é o último<br />

<strong>livro</strong> traduzido para português de ANTHONY GIDDENS (autor que é a mais importante e insuspeita<br />

autoridade de referência actual, pelo menos de língua inglesa, sobre a problemática sociológica da<br />

«globalização»), intitulado Para além da Esquerda e da Direita: o Futuro da Política Radical, 1994, Celta<br />

Editora, Ldª., Abril de 1997.<br />

Aliás, sobre esta questão, os socialistas actuais (bem como já os antigos, ou a Esquerda em geral) têm<br />

uma atitude muito curiosa e mesmo confrangedora em relação à estrutura económico-social do mercado:<br />

eles não estão muito à vontade com essa realidade, que os incomoda, e, se pudessem, substituíam-na<br />

por algo parecido com o que chamam de sistema de «gestão pública da produção e da troca» (!), sem se<br />

aperceberem que, com um tal sistema, poderíamos ter, sim, um sistema centralizado de «distribuição de<br />

riqueza», mas não teríamos, por certo, nenhuma «troca», se é que tínhamos mesmo até alguma<br />

«produção»; nem sem se aperceberem do que GIDDENS chama os «limites do modelo cibernético» (obra<br />

citada, pág. 55 e segs.); pois, actualmente, como ele diz:<br />

«O socialismo defensivo está concentrado no Estado-Providência, a preocupação fulcral dos socia-<br />

listas reformistas» (pág. 59); e ainda: «Como já foi referido, a direita tornou-se radical, enquanto a<br />

esquerda procura sobretudo preservar, numa tentativa de proteger, por exemplo, o que resta do Esta-<br />

do-Providência» (pág. 8); por isso que: «É frequente os socialistas esforçarem-se mais por conservar as<br />

instituições existentes, e muito particularmente o Estado-Providência, do que tentarem miná-las» (pág.<br />

19) - etc. Por isso, o conservadorismo político actual (não o filosófico de GIDDENS — uma «filosofia da<br />

protecção, da conservação e da solidariedade»: ver obra citada, págs. 9, 10 e segs.,18 e segs. etc. —, nem o<br />

nosso, moral e cultural) transferiu-se da Direita para a Esquerda.<br />

[Outras obras do mesmo autor também traduzidas para português são: Novas Regras do Método<br />

Sociológico, 1993, 2ª. edição com uma nova introdução, Gradiva-Publicações, Ldª., 1996; As<br />

Consequências da Modernidade, 1990, 3ª. edição portuguesa, Celta Editora, Ldª., 1996; Modernidade e<br />

Identidade Pessoal, já citado algures no presente trabalho, idem; e Transformações da Intimidade:<br />

Sexualidade, Amor e Erotismo na Sociedades Modernas, 2ª. edição, idem. Mas veja-se também a nossa<br />

bibliografia anexa].<br />

Mais pertinentes e actuais parecem ser, portanto, apesar de tudo, as perguntas que MARIA JOSÉ<br />

NOGUEIRA PINTO faz, no <strong>texto</strong> incluído no mesmo local e intitulado O carrocel nº. 8: «(...) Qual é o<br />

lugar do Estado ? Conseguiremos passar da fé absoluta num Estado prestador para uma atitude de confiança<br />

num Estado regulamentador e fiscalizador ? Qual o papel dos mercados ? Como tirar da astenia a massa dos<br />

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