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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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«Nunca» existe, Dentro de uma qualquer «Pessoa» ⎯ e em (quaisquer que sejam...) as Sociedades, as<br />

Culturas, as Civilizações, ou as Épocas Históricas ⎯ uma qualquer «Instância Super-Egóica», tal como<br />

Ela, acima, ficou caracterizada ⎯ apenas (como é óbvio...), com a Refinada (e «Extravagante»...) «Ex-<br />

cepção» dos chamados «Psicopatas» ⎯ ou, na designação Brasileira [que reputamos como bàsicamente<br />

incorrecta, por «inadequada» (já que parte de um ponto de vista, Só, «Exterior» à «Pessoa»: o do<br />

«Social»...) e «Excessivamente Abrangente»...], dos, nessa variante linguística «Lusíada», ditos,<br />

«Sociopa-tas».<br />

Aliás, como o escreveu o próprio SIGMUND FREUD [Cfr. Mal-Estar na Civilização, Viena, 1929,<br />

citada a tradução francesa na Bibliografia Anexa], apesar de tudo ⎯ mas, com isto, bem evidenciando o<br />

carácter «Difícil», altamente «Problemático» e, quantas vezes, até mesmo «Dilemático» da Liberdade:<br />

«(...) A liberdade individual não é, portanto, de nenhum modo, um produto cultural. Foi antes de<br />

toda a Civilização que ela foi a mais ampla, mas também, as mais das vezes, sem qualquer valor, pois que<br />

o Indivíduo não estava mìnimamente em condições de a defender. (...)».<br />

«(...) Não parece que se possa levar o Homem, por qualquer meio que seja, a trocar a sua Natureza<br />

pela de uma Térmita; ele estará, sempre, inclinado a defender o seu "direito à liberdade individual" con-<br />

tra a "vontade da massa". <strong>Um</strong> bom número de lutas no seio da Humanidade têm lugar e concentram-se<br />

em torno de uma tarefa única: encontrar um "equilíbrio apropriado", portanto, de molde a assegurar a<br />

felicidade de "Todos", entre essas reivindicações do "Indivíduo" e as exigências culturais da "Colecti-<br />

vidade". E é um dos"problemas" de que depende o destino da Humanidade o de saber se esse "equilí-<br />

brio" é realizável por meio de uma certa forma de "Civilização", ou se, bem <strong>ao</strong> contrário, esse conflito é<br />

"insolúvel" (???)». ⎯ Aqui, a «Dúvida» e a reticente e céptica «Interrogativa» final, de FREUD (<strong>ao</strong><br />

utilizar mesmo a palavra «Conflito» ...), são bem reveladoras do nível de profundidade e de radicalidade<br />

Humanas <strong>ao</strong>nde se «Joga» toda a «Questão».<br />

E isto, que acabámos de dizer no imediato Parágrafo Anterior, justamente «Porque» ⎯ tal como<br />

No-lo explica, de um modo tão «exemplar», em «invulgar» e «oportunìssima» Coincidência/Convergên-<br />

cia (e sem que deixe, de algum modo, de vir tão «a propósito» e..., com «Todas» as demais e correlativas<br />

«implicações» ...), o Professor e Psicanalista Português (aqui, já abundantemente referido), Doutor CAR-<br />

LOS AMARAL DIAS, num seu importantíssimo «Texto», intitulado: «“Édipo” Hoje» [Cfr. «Expresso-Re-<br />

vista» Nº.: 1 490, de 19 de Maio de 2 001, Página: 16]:<br />

«(...) Há, também, na tragédia de SÓFOCLES [refere-se, AMARAL DIAS, òbviamente, à «Tagédia»,<br />

<strong>deste</strong> mesmo Autor Grego Clássico, intitulada: “Édipo-Rei”], uma “crítica implícita” <strong>ao</strong> “valor das emo-<br />

ções”, em si mesmas; não basta “amar”. É preciso saber “quem” se ama e “porque” é que se ama e, con-<br />

sequentemente, “quem” se odeia e “porque” é que se odeia !<br />

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