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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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<strong>livro</strong> de FRIEDRICH A. HAYEK, intitulado The Sensory Order..., citado na Bibliografia Anexa, onde se<br />

refere ainda que:<br />

«(...) Os “conceitos-de-coisa” têm gradualmente e muitas vezes dolorosamente cedido o lugar a<br />

“conceitos relacionais”. Mesmo FREUD, conforme têm insistido alguns críticos, é ainda um Pensador de<br />

“Substância”. É neste sentido que as concepções psicológicas de HAYEK são Mais “Modernas”, pois que<br />

nelas não existem quaisquer vestígios de «conceitos-de-coisa».<br />

E: «A “Mente” para ele tornou-se num complexo de relações; é simplesmente “uma Ordem Particu-<br />

lar de um lugar de acontecimentos ocorrendo nalgum organismo e de alguma maneira relacionada com,<br />

mas Não Idêntica à, ordem de acontecimentos do meio-ambiente”».<br />

Por outro lado, a Teoria Psicológico-Cognitiva de HAYEK, talvez mais do que qualquer outra —<br />

sublinha KLÜVER —, dá ênfase à importância de longo alcance da «experiência» e da «aprendizagem».<br />

Certas teorias já salientaram o factor da «experiência», enquanto que outras salientaram a importância<br />

das condições, estruturas, ou pressupostos que tornam a experiência possível. As relações entre estas duas<br />

espécies de factores apresenta, todavia, peculiares dificuldades. Ao elucidar a complexidade destas rela-<br />

ções, o Dr. HAYEK presta talvez os seus mais importantes e originais contributos. Tem sido dito que não<br />

há «objectos» permanentes ou fixos, mas apenas «modos» de conhecer «objectivamente». A implicação<br />

da Teoria aqui apresentada (de HAYEK) é a de que: mesmo os modos de conhecer «objectivamente» não<br />

são estáveis, ou são apenas relativamente estáveis, e que os Princípios Ordenantes estão eles próprios<br />

sujeitos à «Mudança».<br />

O Dr. HAYEK, portanto, não toma uma visão «Estática» dos «elementos» ou da estrutura «relaci-<br />

onal» implicada na «Ordem Sensorial», ou em qualquer outro tipo de ordem. O pensamento conceptual,<br />

como ele correctamente salienta, há muito que tem sido reconhecido como um processo de contínua<br />

reorganização dos (supostamente constantes) elementos do mundo fenomenal. Na sua opinião, contudo,<br />

não há justificação para a nítida distinção entre os mais abstractos processos de pensamento e a directa<br />

percepção sensorial, uma vez que os elementos qualitativos, dos quais é feito o mundo fenomenal, e a<br />

ordem total das qualidades sensoriais, estão eles próprios sujeitos à contínua mudança. O facto de que<br />

não possa haver nada na nossa mente que não seja o resultado de «conexões» («linkages») ontogenetica ou<br />

filogeneticamente estabelecidas, não significa excluir processos de reclassificação. Ao mesmo tempo, deve<br />

ser claramente entendido que, pelo menos uma certa parte do que sabemos num qualquer momen-to<br />

sobre o mundo exterior, não é aprendido pela experiência sensorial, mas está antes implícito nos meios<br />

pelos quais podemos obter uma tal experiência; isto é, é determinado pela ordem do previamente<br />

estabelecido aparato de classificação. Expressando isto de modo diferente, é dizer que há, num qualquer<br />

nível, uma parte do nosso conhecimento que, embora seja o resultado da «Experiência», Não pode ser<br />

controlado pela «Experiência», porque constitui o «Princípio Ordenante».<br />

Mais à frente, referiremos o conceito fundamental da Teoria Psicológico-Cognitiva de HAYEK de<br />

«Métaconsciente», ou «Superconsciente», como conceito estritamente «Psicológico-Cognitivo» e, de al-<br />

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