20.04.2013 Views

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

«(...) Enquanto a política — mesmo quando a ignoramos — muda a nossa vida, o futebol serve para<br />

esquecer a vida que temos. (...)»].<br />

[E, já agora, quanto <strong>ao</strong> Fado, diz-se, por exemplo, no GRANDE DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO<br />

EDICLUBE, Volume VIII, 1996, pág. 2 560, entre outras coisas, o que nós melhor não saberíamos<br />

exprimir: «Fado (l. fatu-, destino).s.m. Destino; fadário; sorte. // 2. O que infalivelmente tem de<br />

acontecer; oráculo. // 3. Canção típica de Lisboa, de carácter triste e fatalista. // 4. Canção que os<br />

estudantes conimbricenses cantam nas suas serenatas. // 5. A música dessa mesma canção. // 6. Fig. Vida<br />

de bordel; prostituição. Etc. (...). 3ª. Acepção: Se quiséssemos simplificar poderíamos repetir o poeta<br />

JOSÉ RÉGIO quando escreveu que: «O fado nasceu um dia // Quando o vento mal bulia // E o céu o mar<br />

prolongava...». No entanto, não está ainda definida claramente a origem do Fado. Embora pensando-se<br />

que terá raízes no lundum brasileiro trazido para Portugal, apenas como dança, no início do séc. XIX, há<br />

quem lhe atribua mais antiguidade <strong>ao</strong> colocá-lo como uma derivação do canto árabe. Hoje, e apesar de<br />

pequenas variantes, é identificado sobretudo como uma canção de Lisboa e, com uma expressão um<br />

pouco diferente, dos estudantes de Coimbra. Qualquer deles é musicalmente pobre e as suas letras<br />

referem sobretudo a história de amores infelizes e saudosos, valendo-se dos intérpretes e<br />

instrumentistas que com a sua arte o valorizam. (...). Etc.».<br />

É quanto nos basta, aqui, para salientarmos que é por causa, justamente, daquele referido fatalismo e<br />

tristeza/melancolia, expressos num lamento arrastado e chorado, lamuriento e piegas, além do seu<br />

carác-ter comprovadamente tradicionalista, nostálgico e voltado para o passado (a chamada e<br />

famosa «Sauda-de» portuguesa), que se nos manifesta o seu carácter doentio e deprimente que nos<br />

repugna à partida — com, porventura, a especialìssima e praticamente única excepção das muito<br />

particulares e «pessoais» «versões interpretativas» personificadas e protagonizadas pela, já desde há<br />

muito, transnacional AMÁLIA RODRIGUES, para consternação de todos nós, falecida já a 6 de<br />

Outubro de 1999.].<br />

Todavia, nestes con<strong>texto</strong>s Gerais e Globais ⎯ isto é, das Temáticas da «Pós-Modernidade» e/ou da<br />

«Globalização» ... ⎯, parece, na verdade, que há, efectivamente, uma muito específica<br />

«Singularidade Portuguesa» !!!<br />

É esta uma «Ideia/Pensamento», que temos visto corroborados por «Outros» e os quais, de resto, já<br />

hávíamos expressado Algures e Antes ...<br />

Trata-se, com efeito, de uma «Questão» Històricamente «Estrutural» de Portugal ⎯ e, da qual, por<br />

exemplo, o «Salazarismo» e/ou o «Regime do Estado Novo» podem ter-se, como não tendo passado,<br />

afi-nal, de umas suas «Manifestações Epifenoménicas», de um seu «Sintoma» !!! ⎯ tudo isto, como<br />

sendo «Algo» que vem de «Muito Antes», mesmo do próprio Século XX e de Todo o «Nosso<br />

Tempo» !!!<br />

140

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!