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Poderá fazer ler o texto completo deste livro - Um Jurista ao Vento

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β) ⎯ A Participação Democrática Múltipla; a Desmilitarização; e a Humanização da Tecnologia.<br />

Com o Sistema de Pós-Escassez teríamos: uma Organização Económica Socializada, mas baseada<br />

mais na Informação do que em Mecanismos Regulatórios; uma Ordem Global Coordenada, tanto<br />

entre Empresas, como entre Organizações Internacionais, como entre Estados; a Superação da<br />

Guerra; e <strong>Um</strong> Sistema de<br />

Cuidado Planetário.<br />

Mas uma segunda versão da Pós-Modernidade, como «o<br />

Outro Lado»<br />

da Modernidade, leva-nos<br />

também a encarar o Elenco dos Riscos de Altas Consequências que enfrentamos já hoje e que só podem<br />

ter por consequência, verdadeiramente, o «Apocalipse»: o Colapso dos Mecanismos de Crescimento<br />

Econó-mico; o Crescimento do<br />

e a Deca-dência,<br />

Ruína ou Desastre «Ecológicos».<br />

Poder Totalitário;<br />

o Conflito Nuclear, ou a Guerra em Larga Escala;<br />

Colocando-se explicitamente a questão: «Será a Modernidade um Projecto<br />

DENS responde a vários níveis.<br />

Por um lado, diz:<br />

Ocidental<br />

?» — GID-<br />

«Em termos de constelação institucional, dois complexos organizacionais distintos têm particular<br />

importância no desenvolvimento da modernidade: o Estado-Nação e a produção capitalista sistemática.<br />

Ambos têm as suas raízes em características específicas da história europeia e encontram poucos<br />

paralelos em períodos anteriores ou noutros quadros culturais. (Nota: não esquecer que, já antes,<br />

GIDDENS definira assim a modernidade: “... o termo ‘modernidade’ refere-se a modos de vida e de<br />

organização social que emergiram na Europa cerca do século XVII e que adquiriram, subsequentemente,<br />

uma influência mais ou menos universal”). Se, em estreita conjugação um com o outro, eles se<br />

estenderam, desde então, a todo o planeta, isso deveu-se sobretudo <strong>ao</strong> poder que geraram.<br />

Nenhumas outras formas sociais mais tradicionais foram capazes de competir com este poder no<br />

sentido de manterem total autonomia face às tendências de desenvolvimento global. Será a modernidade<br />

um projecto distintivamente ocidental em termos dos modos de vida fomentados por estes dois<br />

grandes processos transformadores ? A resposta imediata a esta questão deve ser “sim”».<br />

Mas, por outro lado, acrescenta logo a seguir:<br />

«<strong>Um</strong>a das consequências fundamentais da modernidade, como este estudo sublinhou, é a globalização.<br />

Ela significa mais do que a difusão das instituições ocidentais através do mundo inteiro, no qual outras<br />

culturas são esmagadas. A globalização — que é um processo de desenvolvimento desigual que<br />

fragmenta à medida que coordena — introduz novas formas de interdependência mundial, nas quais,<br />

mais uma vez, não existem “outros”. Estas dão origem a novas formas de risco e de perigo <strong>ao</strong> mesmo<br />

tempo que produzem amplas possibilidades de segurança global. Será a modernidade<br />

especificamente ocidental do ponto de vista das suas tendências globalizantes ? Não. Não o pode ser,<br />

uma vez que estamos aqui a falar de formas emergentes de interdependência mundial e de<br />

consciência planetária. No entanto, as maneiras como abordamos estas questões e lidamos com elas<br />

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