04.04.2018 Views

Direito do Consumidor Esquematizado - Fabrício Bolzan - 2013

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

145/1013<br />

expostas a toda e qualquer prática comercial;<br />

■ o consumi<strong>do</strong>r protegi<strong>do</strong> pela norma <strong>do</strong> art. 29 é uma potencialidade,<br />

nem sequer precisa existir.<br />

■ 2.2.5.2. A empresa consumi<strong>do</strong>ra e a importância <strong>do</strong> art. 29 <strong>do</strong><br />

CDC<br />

Conforme estuda<strong>do</strong> num pretérito não tão longínquo, quan<strong>do</strong><br />

ainda tratávamos <strong>do</strong> conceito de consumi<strong>do</strong>r em senti<strong>do</strong> estrito, mais<br />

precisamente da viabilidade ou não de a pessoa jurídica enquadrar-se<br />

no conceito de consumi<strong>do</strong>r, trouxemos, no subitem 2.2.1.6, a visão<br />

crítica de Adalberto Pasqualotto sobre a posição <strong>do</strong> Superior Tribunal<br />

de Justiça a respeito deste enquadramento. Para o autor, não seria o<br />

abrandamento da teoria finalista, mas da aplicação adequada <strong>do</strong> art. 29<br />

<strong>do</strong> CDC.<br />

Pasqualotto entende que o “art. 29 é o portal <strong>do</strong>s vulneráveis<br />

não consumi<strong>do</strong>res. É por ali que o Código de Defesa <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r<br />

agasalha os que, não sen<strong>do</strong> destinatários finais, enfrentam no merca<strong>do</strong><br />

as mesmas ou semelhantes dificuldades <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res”.[83]<br />

Assim, a <strong>do</strong>utrina reconhece, em sua maioria, que o alcance <strong>do</strong><br />

teor <strong>do</strong> art. 29 <strong>do</strong> CDC realmente é amplo e, por este motivo, seria o<br />

legitima<strong>do</strong>r para albergar no conceito de consumi<strong>do</strong>r a pessoa<br />

jurídica. Vejamos:<br />

DOUTRINA<br />

PENSAMENTO<br />

■<br />

Bruno<br />

Miragem<br />

“A extensão semântica da regra permite, em tese, que a qualquer contratante<br />

seja possível a aplicação das normas <strong>do</strong>s artigos 30 a 54 <strong>do</strong> CDC.<br />

Todavia, a aplicação jurisprudencial da norma é que deve concentrar-se na<br />

finalidade básica <strong>do</strong> Código, que é a proteção <strong>do</strong> vulnerável.”84<br />

■ Claudia “O art. 29 supera, portanto, os estritos limites da definição jurídica de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!