04.04.2018 Views

Direito do Consumidor Esquematizado - Fabrício Bolzan - 2013

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

529/1013<br />

jurisprudencial <strong>do</strong> STJ acerca de dano moral, assinale a opção correta.<br />

a) O banco é parte ilegítima para figurar no polo passivo de eventual ação por dano<br />

moral a ser ajuizada por Ademar, porque a suposta responsabilidade é exclusiva<br />

da empresa presta<strong>do</strong>ra de serviços de segurança.<br />

b) O dano moral poderá advir <strong>do</strong>s des<strong>do</strong>bramentos que possam suceder ao travamento<br />

da porta, assim consideradas as iniciativas que, tomadas pela instituição<br />

bancária ou por seus prepostos, possam majorar os efeitos da ocorrência,<br />

fazen<strong>do</strong> que ela assuma contornos de vergonha e humilhação, esses, sim,<br />

passíveis de reparação.<br />

c) No caso de fixação de danos morais pelas instâncias ordinárias, seria veda<strong>do</strong> ao<br />

STJ, em recurso especial, alterar o valor fixa<strong>do</strong>, mesmo quan<strong>do</strong> ínfimo ou exagera<strong>do</strong>,<br />

haja vista o impedimento para o reexame das provas <strong>do</strong>s autos.<br />

d) O simples travamento da porta giratória já é suficiente para lesar a imagem de Ademar,<br />

de mo<strong>do</strong> que cabe ao banco indenizá-lo por danos morais.<br />

e) Caso pretenda ajuizar ação por dano moral contra o banco, Ademar não poderá invocar<br />

as regras <strong>do</strong> CDC, inaplicáveis em relação às instituições financeiras.<br />

Resposta: “b”. O CDC é claro ao inserir o fornece<strong>do</strong>r direto da prestação <strong>do</strong> serviço<br />

como responsável pela reparação de possível dano ao consumi<strong>do</strong>r, seja este moral<br />

ou material (art. 6º, VI, CDC), sen<strong>do</strong>, no presente caso, tais danos morais decorrentes,<br />

via de regra, <strong>do</strong>s comportamentos pratica<strong>do</strong>s pelos prepostos <strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res,<br />

geran<strong>do</strong> efetiva violação aos direitos da personalidade <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, como<br />

honra objetiva e subjetiva; não em decorrência <strong>do</strong> simples fato <strong>do</strong> travamento da porta<br />

giratória. A forma da abordagem será o critério diferencia<strong>do</strong>r da condenação ou não<br />

por danos morais. Nesse senti<strong>do</strong>, decidiu o STJ, em caso envolven<strong>do</strong> a abordagem<br />

de consumi<strong>do</strong>r quan<strong>do</strong>, ao sair da loja de departamentos, foi soa<strong>do</strong> o alarme: “Se soa<br />

o alarme e não há indicação de que houve tratamento abusivo de nenhum emprega<strong>do</strong><br />

da loja, no caso, o segurança, sequer objeto da queixa da autora, não se pode identificar<br />

a existência de constrangimento suficiente para deferir o dano moral. Para que a<br />

indenização por dano moral seja procedente, é necessário que haja alguma atitude<br />

que exponha o consumi<strong>do</strong>r a uma situação de humilhação, de constrangimento, que o<br />

acórdão, neste feito, descartou por inteiro” (REsp 658.975/RS, Ministro Carlos Alberto<br />

Menezes <strong>Direito</strong>, 3ª T., DJ 26-2-2007). A assertiva “a” se equivoca, pois é o banco o<br />

legitima<strong>do</strong> a configurar no polo passivo da ação de indenização por danos morais no<br />

presente caso. A “c” é equivocada, já que é possível ao Superior Tribunal de Justiça<br />

alterar a quantia indevidamente fixada pelo juízo a quo desde que seja discrepante a<br />

quantificação <strong>do</strong> caso concreto, seja para mais ou para menos, veda<strong>do</strong> somente

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!