04.04.2018 Views

Direito do Consumidor Esquematizado - Fabrício Bolzan - 2013

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

275/1013<br />

mais o que prevalece. O entendimento majoritário no STJ é pela legalidade da interrupção,<br />

conforme entendimento consolida<strong>do</strong> pela Primeira Seção no julgamento <strong>do</strong><br />

Recurso Especial n. 363.943, de relatoria <strong>do</strong> Ministro Humberto Gomes de Barros, DJ<br />

1-3-2004: “É lícito à concessionária interromper o fornecimento de energia elétrica, se,<br />

após aviso prévio, o consumi<strong>do</strong>r de energia elétrica permanecer inadimplente no<br />

pagamento da respectiva conta (L. 8.987/95, art. 6º, § 3º, II)”. A “b” é equivocada, pois<br />

a fraude e sua averiguação não podem se dar de forma unilateral, deven<strong>do</strong> ser concretizada<br />

por meio de procedimento próprio para tal finalidade. O Superior Tribunal de<br />

Justiça também não admite a interrupção decorrente da alegação de fraude no medi<strong>do</strong>r<br />

apurada de maneira unilateral: “A jurisprudência desta Corte pacificou o entendimento<br />

de que é ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica se o débito decorrer<br />

de suposta fraude no medi<strong>do</strong>r de consumo de energia elétrica, apurada unilateralmente<br />

pela concessionária de serviço público, uma vez que a suspensão pressupõe<br />

o inadimplemento de conta regular, relativa ao mês de consumo, deven<strong>do</strong> a<br />

concessionária utilizar-se <strong>do</strong>s meios ordinários de cobrança. Incidência, na espécie,<br />

<strong>do</strong> enuncia<strong>do</strong> n. 83 da Súmula <strong>do</strong> STJ” (AgRg no AREsp 101.624/RS, Rel. Ministro<br />

Cesar Asfor Rocha, 2ª T., DJe 22-3-2012). Por fim, a “d” é equivocada, já que o aviso<br />

prévio ao consumi<strong>do</strong>r é necessário como regra, somente haven<strong>do</strong> ressalva no caso<br />

de emergência.<br />

6. (CESPE — 2009 — TRF — 5ª Região — Juiz) Consideran<strong>do</strong> o CDC, assinale a<br />

opção correta.<br />

a) A habitualidade insere-se tanto no conceito de fornece<strong>do</strong>r de serviços quanto no de<br />

produtos, para fins de incidência <strong>do</strong> CDC.<br />

b) A relação jurídica locatícia é regida pelo CDC no que não contrariar a lei específica.<br />

Dessa forma, as cláusulas consideradas iníquas e abusivas constantes <strong>do</strong> contrato<br />

de locação podem ser revistas com base na legislação consumerista.<br />

c) O pagamento de contribuição de melhoria, por estar adstrito à realização de obra<br />

pública, insere-se no âmbito das relações de consumo.<br />

d) O produto recebi<strong>do</strong> gratuitamente, como brinde, em decorrência da celebração de<br />

contrato de consumo, não é abrangi<strong>do</strong> pelo CDC.<br />

e) A abertura de conta poupança, por caracterizar-se como operação tipicamente<br />

bancária, não está abrangida pela legislação consumerista.<br />

Resposta: “a”. A assertiva “a” traz o requisito da habitualidade para que se configure o<br />

conceito de fornece<strong>do</strong>r. O Superior Tribunal de Justiça também exige a habitualidade<br />

como requisito imprescindível na definição de fornece<strong>do</strong>r, segun<strong>do</strong> consta <strong>do</strong> excerto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!