04.04.2018 Views

Direito do Consumidor Esquematizado - Fabrício Bolzan - 2013

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ajuizamento da ação pelo consumi<strong>do</strong>r prejudica<strong>do</strong> pelo fato <strong>do</strong> produto ou <strong>do</strong> serviço,<br />

sen<strong>do</strong> que tal prazo começa a contar apenas <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> dano e de sua<br />

autoria, como reza o art. 27 <strong>do</strong> CDC; logo, é possível a<strong>do</strong>tar a teoria da actio nata. A<br />

assertiva “a” é equivocada, já que, embora o CDC coloque 30 dias como prazopadrão,<br />

é possível que as partes transijam sobre ele, poden<strong>do</strong> aumentá-lo até 180 dias,<br />

sen<strong>do</strong> este sim o máximo legal permiti<strong>do</strong>. Além disso, em algumas situações, é<br />

possível o consumi<strong>do</strong>r exigir a reparação imediata <strong>do</strong> produto, nos casos de comprometimento<br />

de sua qualidade ou de suas características, no caso de diminuição de valor<br />

ou quan<strong>do</strong> se tratar de produto essencial. A assertiva “b” é equivocada, uma vez<br />

que a Defensoria Pública possui, sim, legitimidade para ajuizar ação civil pública, nos<br />

termos <strong>do</strong> art. 5º, inciso II, da Lei n. 7.347/85, por força da redação dada pela Lei n.<br />

11.448, de 2007. A alternativa “c” é equivocada por tratar da desconsideração da personalidade<br />

jurídica no CDC, uma vez que nosso diploma a<strong>do</strong>tou a Teoria Menor para<br />

a desconsideração, precisan<strong>do</strong> apenas da insolvência para gerar a hipótese de<br />

desconsideração, diferentemente <strong>do</strong> Código Civil, que exige também o desvio de finalidade<br />

ou a confusão patrimonial. É ainda, no CDC, a<strong>do</strong>tada a teoria objetiva, não<br />

precisan<strong>do</strong> o consumi<strong>do</strong>r comprovar culpa ou <strong>do</strong>lo <strong>do</strong> fornece<strong>do</strong>r, independentemente<br />

<strong>do</strong> animus ou esta<strong>do</strong> psicológico deste último. Enfim, a alternativa “e” é equivocada,<br />

pois, de acor<strong>do</strong> com o entendimento majoritário e consolida<strong>do</strong> <strong>do</strong> STJ, é veda<strong>do</strong> ao<br />

julga<strong>do</strong>r conhecer de ofício das cláusulas contratuais abusivas nos contratos bancários,<br />

precisan<strong>do</strong>, sim, de expresso requerimento <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r; como podemos entender,<br />

essa é a plena dicção <strong>do</strong> Enuncia<strong>do</strong> 381 da súmula <strong>do</strong> Superior Tribunal de<br />

Justiça.<br />

575/1013

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!