04.04.2018 Views

Direito do Consumidor Esquematizado - Fabrício Bolzan - 2013

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

895/1013<br />

■ 14.4.1.1. Da vedação absoluta <strong>do</strong> art. 51, inciso I, parte inicial<br />

A parte inicial <strong>do</strong> dispositivo ora comenta<strong>do</strong> determina a nulidade<br />

da cláusula contratual que impossibilite, exonere ou atenue a responsabilidade<br />

<strong>do</strong> fornece<strong>do</strong>r por vício e da que implique renúncia ou<br />

disposição de direito. Traduz-se naquilo que a <strong>do</strong>utrina[12] denomina<br />

cláusula de não indenizar, cujo mandamento legal estabelece:<br />

A responsabilidade que o fornece<strong>do</strong>r tenta mitigar está relacionada<br />

com o vício <strong>do</strong> produto ou <strong>do</strong> serviço. No tocante à responsabilidade<br />

pelo fato ou pelo acidente de consumo, a vedação a tal<br />

prática está prevista no art. 25 <strong>do</strong> CDC ao estabelecer que é “vedada a<br />

estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue<br />

a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores”.<br />

É muito comum nos depararmos com cláusulas nulas de pleno<br />

direito nos contratos de estacionamento elaboradas com dizeres <strong>do</strong><br />

tipo “não nos responsabilizamos pelos pertences deixa<strong>do</strong>s no interior<br />

<strong>do</strong> veículo”.<br />

Trata-se de típico exemplo de cláusula abusiva que deverá ser<br />

banida das relações de consumo, pois é evidente que o fornece<strong>do</strong>r é<br />

responsável, mesmo porque o dever de segurança constitui atividade-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!