04.04.2018 Views

Direito do Consumidor Esquematizado - Fabrício Bolzan - 2013

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

“DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS<br />

MATERIAIS. PACOTE TURÍSTICO. MÁ PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.<br />

RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA OPERADORA. ART. 14 DO CDC.<br />

CONTRATO DE SEGURO-SAÚDE PARA VIAGEM. CONTRATAÇÃO CASADA.<br />

NEGATIVA INDEVIDA DE COBERTURA NO EXTERIOR. CADEIA DE<br />

CONSUMO. SOLIDARIEDADE LEGAL ENTRE A OPERADORA E A<br />

SEGURADORA. ART. 7º DO CDC. RESSARCIMENTO DAS DESPESAS COM<br />

TRANSPORTE EM UTI AÉREA PARA O BRASIL E DEMAIS DESPESAS<br />

MÉDICAS. CABIMENTO. 1. O Tribunal de origem, analisan<strong>do</strong> os fatos concluiu<br />

tratar-se de má prestação de um serviço, sen<strong>do</strong> a opera<strong>do</strong>ra de turismo, portanto,<br />

presta<strong>do</strong>ra de serviço, como tal responde, independentemente de culpa pela reparação<br />

<strong>do</strong>s danos causa<strong>do</strong>s aos consumi<strong>do</strong>res, nos termos <strong>do</strong> art. 14 <strong>do</strong> Código de Defesa <strong>do</strong><br />

Consumi<strong>do</strong>r. 2. Acresce que o parágrafo único <strong>do</strong> art. 7º <strong>do</strong> Código consumerista a<strong>do</strong>tou<br />

o princípio da solidariedade legal para a responsabilidade pela reparação <strong>do</strong>s<br />

danos causa<strong>do</strong>s ao consumi<strong>do</strong>r, poden<strong>do</strong>, pois, ele escolher quem acionará. E, por<br />

tratar-se de solidariedade, caberá ao responsável solidário aciona<strong>do</strong>, depois de reparar<br />

o dano, caso queira, voltar-se contra os demais responsáveis solidários para se ressarcir<br />

ou repartir os gastos, com base na relação de consumo existente entre eles. 3. Desse<br />

mo<strong>do</strong>, a distinção que pretende a recorrente fazer entre a sua atuação como opera<strong>do</strong>ra<br />

dissociada da empresa que contratou o seguro de viagem não tem relevância para a<br />

solução <strong>do</strong> caso e não afastaria jamais a sua responsabilidade. 4. Recurso Especial<br />

improvi<strong>do</strong>”.<br />

18 GRINOVER, Ada Pellegrini; BENJAMIN, Antônio Herman de V.; FINK, Daniel<br />

Roberto; FILOMENO, José Geral<strong>do</strong> Brito; NERY JR., Nelson; DENARI, Zelmo.<br />

Código Brasileiro de Defesa <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r, p. 580.<br />

19 O STJ e o STF entendem que não cabe ao Judiciário controlar taxas de juros remuneratórios,<br />

e sim ao Banco Central, admitin<strong>do</strong> juros acima de 12% ao ano, desde que dentro<br />

de uma média de merca<strong>do</strong>, conforme visto no Capítulo 2 deste livro. Aliás, vale relembrar<br />

o teor da Súmula 382 <strong>do</strong> STJ: “A estipulação de juros remuneratórios superiores<br />

a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade”.<br />

20 Em relação ao contrato de factoring — de compra de crédito —, vale lembrar que não<br />

932/1013

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!