04.04.2018 Views

Direito do Consumidor Esquematizado - Fabrício Bolzan - 2013

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

736/1013<br />

No Superior Tribunal de Justiça o tema também está pacifica<strong>do</strong>,<br />

e, a depender da situação, outra consequência vem sen<strong>do</strong> reconhecida<br />

ante a prática abusiva de enviar produtos ou prestar serviços<br />

sem solicitação prévia <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, qual seja: o reconhecimento<br />

de danos morais.<br />

Sobre o tema, segue trecho <strong>do</strong> posicionamento <strong>do</strong>minante <strong>do</strong><br />

STJ: “O envio de cartão de crédito não solicita<strong>do</strong>, conduta considerada<br />

pelo Código de Defesa <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r como prática abusiva<br />

(art. 39, III), adiciona<strong>do</strong> aos incômo<strong>do</strong>s decorrentes das providências<br />

notoriamente dificultosas para o cancelamento <strong>do</strong> cartão causam<br />

dano moral ao consumi<strong>do</strong>r, mormente em se tratan<strong>do</strong> de pessoa de<br />

idade avançada, próxima <strong>do</strong>s cem anos de idade à época <strong>do</strong>s fatos, circunstância<br />

que agrava o sofrimento moral” (REsp 1.061.500/RS, Rel.<br />

Ministro Sidnei Beneti, 3ª T., DJe 20-11-2008).<br />

Envio ou entrega sem solicitação prévia é prática abusiva.<br />

■ 10.4.4. O prevalecimento da fraqueza ou ignorância <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r<br />

como exemplo de prática abusiva no CDC<br />

Segun<strong>do</strong> o CDC, “prevalecer-se da fraqueza ou ignorância <strong>do</strong><br />

consumi<strong>do</strong>r, ten<strong>do</strong> em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição<br />

social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços” é exemplo<br />

de prática abusiva, nos termos <strong>do</strong> art. 39, inciso IV.<br />

O princípio inaugural <strong>do</strong> art. 4º <strong>do</strong> Código <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r é<br />

o da vulnerabilidade e, conforme estuda<strong>do</strong> no Capítulo 4 deste livro,<br />

existe uma presunção de que o consumi<strong>do</strong>r pessoa física é a parte mais<br />

frágil da relação jurídica de consumo.<br />

No entanto, cabe relembrar que, dentre to<strong>do</strong>s os que são vulneráveis,<br />

há alguns cuja fragilidade está acima da média, pessoas que a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!