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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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82 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

bacia do Zaire quanto à do Níger ou ao Egito, um estudo que se limite às<br />

fontes escritas até o século XV não poderia fazê -lo. Considerando to<strong>da</strong>s estas<br />

observações, podemos operar a seguinte estruturação regional:<br />

a) Egito, Cirenaica, Sudão nilótico;<br />

b) Magreb, incluindo a franja norte do Saara, as zonas do extremo ocidente, a<br />

Tripolitânia e o Fezzan;<br />

c) Sudão ocidental, no sentido amplo, isto é, até o lago Chade em direção a<br />

leste e incluindo o sul do Saara;<br />

d) Etiópia, Eritreia, chifre oriental e costa oriental;<br />

e) O resto <strong>da</strong> <strong>África</strong>, ou seja, o golfo <strong>da</strong> Guiné, a <strong>África</strong> central e o sul <strong>da</strong><br />

<strong>África</strong>.<br />

Essa classificação tem a vantagem de não opor duas <strong>África</strong>s; estrutura<br />

o continente segundo afini<strong>da</strong>des geo -históricas orienta<strong>da</strong>s dentro de uma<br />

perspectiva africana, mas leva também em consideração o caráter particular<br />

<strong>da</strong>s fontes escritas de que dispomos. Em termos de fontes escritas, a <strong>África</strong><br />

central e meridional, por mais rica em civilização que possa ser, faz pobre<br />

figura em comparação com a menor fração <strong>da</strong>s outras uni<strong>da</strong>des regionais<br />

(Fezzan ou Eritreia, por exemplo). Por outro lado, não há dúvi<strong>da</strong> de que,<br />

além <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de geral que aproxima as fontes <strong>da</strong> <strong>África</strong> conheci<strong>da</strong>, há<br />

uma soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de específica e mais níti<strong>da</strong> em nossa informação sobre ca<strong>da</strong><br />

uma <strong>da</strong>s zonas delimita<strong>da</strong>s acima. Um inventário detalhado deveria, então,<br />

passar em revista os textos, simultaneamente por períodos e por regiões, mas<br />

reconhecendo previamente que, através <strong>da</strong>s áreas, e em menor grau, através dos<br />

períodos históricos, essas fontes se resumem apenas a algumas línguas, a certos<br />

tipos limitados, não provêm sempre <strong>da</strong> área de que tratam, nem são sempre<br />

contemporâneas do que descrevem.<br />

Tipologia <strong>da</strong>s fontes escritas<br />

a) São inúmeras as línguas em que foram escritos os documentos que<br />

chegaram até nós, mas nem to<strong>da</strong>s têm a mesma importância. As mais utiliza<strong>da</strong>s,<br />

aquelas em que foi veicula<strong>da</strong> a maior quanti<strong>da</strong>de de informação são: o egípcio<br />

antigo, o berbere, as línguas etíopes, o copta, o swahili, o haussa, o fulfulde.<br />

As línguas mais prolíficas são as de origem não -africana: grego, latim, árabe<br />

(ain<strong>da</strong> que acolhido como língua nacional por inúmeros povos africanos). Se<br />

classificarmos os documentos numa ordem hierárquica que leve em conta ao<br />

mesmo tempo a quanti<strong>da</strong>de e a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> informação, obteremos a seguinte

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