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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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Descoberta e difusão dos metais e desenvolvimento dos sistemas sociais até o século V antes <strong>da</strong> Era Cristã<br />

as terras cultiváveis do vale. Trata -se, sem dúvi<strong>da</strong>, de uma vitória do camponês<br />

sobre uma natureza indiscutivelmente hostil.<br />

O Neolítico<br />

Encontraremos no capítulo 25 do presente volume uma descrição detalha<strong>da</strong><br />

do aspecto material <strong>da</strong>s diferentes “culturas” ou “horizontes culturais” que<br />

constituem, por assim dizer, a trama <strong>da</strong> evolução social dessas culturas agrupa<strong>da</strong>s<br />

sob os termos gerais de “Neolítico” e de “<strong>Pré</strong> -Dinástico” no vale do Nilo, tanto<br />

no Sudão como no Egito. Nas páginas seguintes, preocupamo -nos unicamente<br />

em realçar os aspectos sociais e o desenvolvimento histórico dessas culturas.<br />

Com efeito, Neolítico e <strong>Pré</strong> -Dinástico constituem no vale do Nilo um<br />

continuum cultural. Apenas para citar um exemplo, o “Ba<strong>da</strong>riense”, analisado<br />

detalha<strong>da</strong>mente no capítulo 25, é apenas uma etapa na evolução de uma cultura<br />

que, tendo começado no “Tasiense”, termina no “Negadiense II” e nas socie<strong>da</strong>des<br />

“pré -tinitas”. Em outras palavras, apresentamos aqui, de forma sintética, o que<br />

está descrito de forma analítica no capítulo 25. Os dois aspectos dos problemas<br />

levantados são complementares, e encontraremos entre colchetes […] as<br />

referências que permitirão ao leitor voltar facilmente à descrição detalha<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

“culturas” que são abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s, no presente capítulo, apenas de modo genérico.<br />

O período Neolítico no Egito é conhecido somente através de um pequeno<br />

número de sítios que muitas vezes não são contemporâneos. O mais antigo<br />

localiza -se às bor<strong>da</strong>s <strong>da</strong> depressão do Faium [= Faiumiense B], a oeste do vale,<br />

no Médio Egito 8 . Ao norte, são conhecidos os sítios de Merinde -Beni -Salame 9<br />

[= Merindiense], no Delta ocidental, à beira do deserto, cerca de 50 kma<br />

noroeste do Cairo, e de El -Omari 10 [= Omariense A e B], próximo ao Cairo,<br />

perto de Heluan. No Médio e no Alto Egito existem os sítios de Deir Taza, no<br />

sudeste de Assiut e, menos importantes, os de Toukh e de Armant -Cebelein,<br />

na região de Tebas 11 . As comparações que podem ser estabeleci<strong>da</strong>s entre esses<br />

sítios para se determinar a natureza e a extensão dos diferentes aspectos do<br />

8 Sobre o Neolítico do Faium, cf. W. C. HAYES, 1965, p. 93 -99, e 139 -40; ver também as observações de<br />

F. WENDORF, R. SAID e SCHILD, 1970, p. 1161 -171.<br />

9 Sobre o sítio de Merinde -Beni -Salame, cf. W. C. HAYES, op. cit. p. 103 -16 e 141 -43; ver também, para<br />

a cerâmica, L. HJALMAR, 1962, p. 3 e segs.<br />

10 Cf. W. C. HAYES, op. cit., p. 117 -22 e 143 -44.<br />

11 Infelizmente não dispomos dos estudos e <strong>da</strong> bibliografia crítica de W. C. HAYES sobre o Alto Egito;<br />

a obra ficou incompleta em virtude do falecimento do autor (cf. op. cit., p. 148, n. 1). Tomaremos como<br />

ponto de referência o estudo de J. VANDIER, 1952, p. 166 -80.<br />

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