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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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330 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

<strong>África</strong> ao sul do Saara, incluindo quase to<strong>da</strong> a <strong>África</strong> Ocidental, partes do Sudão<br />

central e oriental, sendo que seu sub -ramo bantu ocupa a maior parte <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

central, oriental e meridional. Outro ramo do níger -kordofaniano, o kordofaniano<br />

propriamente dito, confina -se a uma zona limita<strong>da</strong> <strong>da</strong> região do Kordofan no Sudão.<br />

A divisão fun<strong>da</strong>mental do grupo níger -congo está entre as línguas mande e<br />

o restante. O mande distingue -se pela ausência de muitos dos itens lexicais mais<br />

comuns encontrados nas línguas do níger -congo e pela ausência de qualquer<br />

traço preciso de classificação nominal, geralmente encontrados no kordofaniano<br />

e no resto do níger -congo. Existem, por certo, muitas línguas distintas no níger-<br />

-congo que perderam tal sistema. Devido a essa divergência, Mukarovsky sugeriu<br />

que o mande fosse considerado um ramo do nilo -saariano, a outra grande família<br />

de línguas negras, mas o célebre especialista em línguas mande, William E.<br />

Welmers, não aceita essa proposição. 31<br />

Hoje admite -se universalmente que a divisão do mande em mande -tan e<br />

mande -fu, proposta por Delafosse 32 e basea<strong>da</strong> na palavra que designa o número<br />

dez, é inteiramente desprovi<strong>da</strong> de valor. As línguas mande podem ser classifica<strong>da</strong>s<br />

do seguinte modo:<br />

Grupo noroeste: 1. subgrupo norte: susu -yalunka, soninke, kwela -numu, ligbi,<br />

vai -kono, khassonke e maninka -bambara -diula; 2. subgrupo sudoeste: mande-<br />

-bandi, loko, loma, kpelle.<br />

Grupo sudeste: 1. subgrupo sul: mano, <strong>da</strong>n, tura, mwa, nwa, gan, guro; 2.<br />

subgrupo oriental: samo, bisa, busa. Uma única língua, o sya (bobofing),<br />

não se enquadra nesta lista. Ela é claramente mande, mas talvez deva ser<br />

corisidera<strong>da</strong> como a primeira ramificação diferencia<strong>da</strong> desse grupo, de modo<br />

que, geneticamente, representaria um dos dois grupos, sendo o outro mande<br />

propriamente dito.<br />

As outras línguas níger -congo são classifica<strong>da</strong>s por Greenberg (1963) em<br />

cinco ramos: 1. oeste -atlântico; 2. gur; 3. kwa; 4. benue -congo; 5. a<strong>da</strong>maua<br />

oriental. Entretanto, os grupos 2, 3 e 4 são particularmente próximos e formam<br />

uma espécie de núcleo no interior do qual o limite entre o benue -congo e o kwa,<br />

em particular, não está bem definido 33 .<br />

O termo “línguas oeste -atlânticas” foi introduzido por Westermann em<br />

1928 e abrange sensivelmente as mesmas línguas que o senegalês -guíneense<br />

de Delafosse e dos pesquisadores franceses que o sucederam. Essas línguas<br />

31 MUKAROVSKY, H. G. 1966, p. 679 -88.<br />

32 DELAFOSSE, M. 1901.<br />

33 Sobre esta questão, ver J. H. GREENBERG. 1963 (c), p. 215 -17.

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