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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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Geografia histórica: aspectos físicos<br />

do transbor<strong>da</strong>mento dos rios adjacentes, ou ain<strong>da</strong>, ao contrário, de afluentes<br />

desses cursos d’água. Estes se formaram, ao longo <strong>da</strong>s eras geológicas, nas<br />

bacias de subsidência, no fundo <strong>da</strong>s quais as águas continentais carrega<strong>da</strong>s de<br />

aluvião acumularam -se em lagos. A drenagem tornou -se possível pela ação<br />

de movimentos tectônicos que afetaram o embasamento. Assim, os imensos<br />

lagos interiores escoaram suas águas através dos vales de abatimento tectônico<br />

ou <strong>da</strong>s falhas. Fenômenos de captura resultantes do fraturamento do pedestal<br />

ou <strong>da</strong> evolução morfológica contribuíram, sem dúvi<strong>da</strong>, para a organização <strong>da</strong>s<br />

redes hidrográficas. O endorreísmo ain<strong>da</strong> se manifesta, entretanto, nas bacias<br />

do Chade e Okovango, ocupa<strong>da</strong>s por lagos rasos e pântanos que adquirem<br />

dimensões impressionantes ao receber a contribuição sazonal dos lençóis de<br />

escoamento superficial. Outras bacias de subsidência, embora provi<strong>da</strong>s de<br />

saí<strong>da</strong> para o mar, apresentam uma tendência análoga ao endorreísmo. Assim<br />

se formaram os pântanos de Macina ou “delta interior do Níger”, os do Bahr<br />

el -Ghazal no Sudão e os <strong>da</strong> bacia do Zaire.<br />

Regimes dos rios africanos<br />

Por to<strong>da</strong> a <strong>África</strong>, os ritmos pluviométricos regulam os regimes hidrológicos,<br />

o que equivale a dizer que as variações sazonais dos débitos fluviais estão<br />

diretamente liga<strong>da</strong>s ao regime anual de precipitações. Os cursos d’água <strong>da</strong>s<br />

regiões equatoriais são regulares e cau<strong>da</strong>losos o ano inteiro. No entanto,<br />

apresentam dois períodos de cheia, correspondentes às chuvas equinociais.<br />

Na zona tropical, um período de cheia correspondente à estação <strong>da</strong>s chuvas,<br />

isto é, ao solstício de verão, é seguido por um período de pronuncia<strong>da</strong> estiagem<br />

durante a estação seca. O regime é, portanto, bastante contrastado. Ademais,<br />

há um intervalo entre o período de precipitações e a subi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s águas, devido<br />

ao lento escoamento <strong>da</strong>s mesmas sobre superfícies de declivi<strong>da</strong>de geralmente<br />

fraca. Nas regiões subári<strong>da</strong>s, o escoamento intermitente dos uedes manifesta-<br />

-se quando <strong>da</strong>s raras chuvas violentas, que provocam cheias repentinas mas de<br />

curta duração, visto que as águas se perdem rio abaixo. Na zona mediterrânea,<br />

as fortes chuvas e a presença de relevos montanhosos transformam os rios em<br />

torrentes. Esses rios têm regimes bastante irregulares, caracterizados por cheias<br />

no inverno e estiagem acentua<strong>da</strong> no verão. Nesta zona climática, muitos cursos<br />

d’água são uedes de escoamento intermitente.<br />

Os grandes rios africanos, com redes que se estendem sobre várias zonas<br />

climáticas, escapam aos esquemas simples anteriormente mencionados.<br />

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