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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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352 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

A zonali<strong>da</strong>de climática <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

As condições de vi<strong>da</strong> na <strong>África</strong> dependem principalmente dos fatores<br />

climáticos. A simetria e a grande extensão do continente em ambos os lados do<br />

Equador, sua natureza maciça e seu relevo relativamente uniforme se combinam<br />

para conferir ao clima uma zonali<strong>da</strong>de inigualável em outras partes do mundo.<br />

Uma notável originali<strong>da</strong>de do continente africano é a sucessão de faixas<br />

climáticas ordena<strong>da</strong>s paralelamente ao Equador. Em ambos os hemisférios,<br />

os regimes pluviométricos africanos diminuem progressivamente em direção<br />

às altas latitudes. Por possuir a maior parte do território na zona intertropical,<br />

a <strong>África</strong> é o continente mais uniformemente quente do mundo. Este calor se<br />

faz acompanhar de seca, crescente em direção aos trópicos, ou de umi<strong>da</strong>de,<br />

geralmente mais eleva<strong>da</strong> nas baixas latitudes.<br />

Fatores cósmicos<br />

Neste continente intertropical por excelência, as diferenciações climáticas<br />

dependem muito mais <strong>da</strong>s chuvas que <strong>da</strong>s temperaturas, que na maior parte<br />

<strong>da</strong>s regiões são eleva<strong>da</strong>s em to<strong>da</strong>s as estações. De qualquer modo, os regimes<br />

pluviométricos e térmicos estão, em primeiro lugar, ligados aos fatores cósmicos,<br />

isto é, à latitude e ao movimento aparente do sol. O sol atinge o zênite duas vezes<br />

por ano em to<strong>da</strong>s as regiões intertropicais, mas somente uma vez nos trópicos de<br />

Câncer e Capricórnio, respectivamente a 21 de junho, <strong>da</strong>ta do solstício de verão,<br />

e 21 de dezembro, <strong>da</strong>ta do solstício de inverno no hemisfério norte. Atinge o<br />

zênite duas vezes ao ano no Equador, no equinócio de primavera (21 de março)<br />

e no equinócio de outono (21 de setembro). Em seu movimento aparente, o sol<br />

nunca desce muito abaixo do horizonte. Por essa razão, as temperaturas são altas<br />

durante todo o ano na zona intertropical. Nas regiões próximas ao Equador,<br />

onde a posição aparente do sol oscila em torno do zênite, observa -se uma<br />

ausência de estação térmica, pois há poucas variações sazonais de temperatura.<br />

As amplitudes anuais são <strong>da</strong> ordem de 3 o a 4 o . À medi<strong>da</strong> que nos aproximamos<br />

dos trópicos do norte e do sul, porém, observamos um crescente contraste de<br />

temperaturas. No Saara registram -se fortes amplitudes – <strong>da</strong> ordem de 15 o –<br />

entre as temperaturas médias de janeiro e julho. As extremi<strong>da</strong>des setentrional<br />

e meridional do continente, que pertencem às zonas tempera<strong>da</strong>s, apresentam<br />

regimes térmicos contrastados, pois as fortes amplitudes anuais resultam <strong>da</strong><br />

oposição entre os invernos frios e os verões quentes. Além disso, as variações<br />

diurnas podem ser tão eleva<strong>da</strong>s na região do Mediterrâneo quanto na zona

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