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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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As fontes escritas anteriores ao século XV<br />

lista aproximativa: árabe, grego, latim, egípcio antigo (hierático e demótico),<br />

copta, hebraico, aramaico, etíope, italiano, swahili, persa, chinês, etc.<br />

Em termos cronológicos, nossas primeiras fontes escritas são os papiros<br />

hieráticos egípcios <strong>da</strong>tando do Novo Império, mas cuja primeira re<strong>da</strong>ção<br />

remontaria ao início do Médio Império (início do segundo milênio), em particular,<br />

o papiro conhecido sob o título de Ensinamentos para o rei Merikare 5 . Seguem-<br />

-se os papiros e os ostraka do Novo Império, também em egípcio hierático; as<br />

fontes gregas, que remontam ao século VII antes <strong>da</strong> Era Cristã e prosseguem,<br />

sem interrupção, até época mais recente, que coincide, aproxima<strong>da</strong>mente, com a<br />

expansão do Islã (século VII <strong>da</strong> Era Cristã); as fontes em hebraico (Bíblia) e em<br />

aramaico ( Judeus de Elefantina), que <strong>da</strong>tam <strong>da</strong> 26 a dinastia; os textos demóticos,<br />

<strong>da</strong> época ptolomaica; a literatura latina, a literatura copta (em língua egípcia, mas<br />

empregando o alfabeto grego enriquecido com algumas letras), que têm início<br />

no século III <strong>da</strong> Era Cristã; fontes em árabe, chinês 6 , talvez persa, italiano, e,<br />

mais tarde, em língua etíope, na qual o mais antigo documento escrito remonta<br />

ao século XIII 7 .<br />

b) Classifica<strong>da</strong>s por gêneros, as fontes de que dispomos dividem -se em fontes<br />

narrativas e em fontes arquivísticas, umas conscientemente consigna<strong>da</strong>s com o<br />

objetivo de deixar um testemunho, outras participando do movimento normal<br />

<strong>da</strong> existência humana. No caso <strong>da</strong> <strong>África</strong>, com exceção do Egito, mas incluindo<br />

o Magreb, as fontes narrativas são representa<strong>da</strong>s quase que exclusivamente pelos<br />

documentos escritos até o século XII; cobrem, portanto, não só a Antigui<strong>da</strong>de<br />

como também a primeira I<strong>da</strong>de Islâmica. A partir do século XII, o documento<br />

arquivístico, embora raro, começa a aparecer no Magreb (peças almoa<strong>da</strong>s, fatwas<br />

ou pareceres jurídicos <strong>da</strong> época haféssi<strong>da</strong>). No Egito, os documentos arquivísticos<br />

tornam -se mais abun<strong>da</strong>ntes sob os Aiúbi<strong>da</strong>s e os Mamelucos (séculos XII-<br />

-XV), enquanto os manuscritos dos mosteiros etíopes reúnem, em apêndice,<br />

documentos oficiais. Mas esse tipo de texto praticamente inexiste no resto<br />

<strong>da</strong> <strong>África</strong>, durante a época aqui considera<strong>da</strong> 8 . Nosso período é caracterizado<br />

5 GOLENISCHEFF. Les papyrus hiératiques, n. 1115, 1116A e 1116B de l’Ermitage impérial à Saint‑<br />

‑Pétersbourg, 1913; o n. 1116A foi traduzido por GARDINER. In: Journal of Egyptian archaeology.<br />

Londres, 1914, p. 22 e segs. Cf. a esse respeito DRIOTON, E. e VANDIER, J. 1962, p. 226.<br />

6 Existe um texto chinês <strong>da</strong>tado <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> metade do século XI, mas o essencial <strong>da</strong>s fontes chinesas,<br />

ain<strong>da</strong> a ser explorado, diz respeito ao século XV e à costa do leste africano. Pode -se notar também os<br />

seguintes trabalhos: DUYVENDAK, J. J. L. 1949; HIRTH, F. 1909 -1910; FILESI, T. 1962; LIBRA<br />

1963; WHEATLEY, P. 1964.<br />

7 SELASSIÉ, S. H. 1967, p. 13.<br />

8 Dispomos de mahrams, cartas -patente emiti<strong>da</strong>s pelos reis do Bornu e que <strong>da</strong>tariam do fim do século XI:<br />

o de Umm Jilmi e o <strong>da</strong> família Masbarma. Cf. MAUNY, R. 1961 e PALMER, H. 1928, t. III, p. 3.<br />

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