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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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360 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

Caracterizam -se por regimes complexos variáveis, ou seja, por variações sazonais<br />

de débito que se modificam de montante a jusante.<br />

Os grandes rios africanos<br />

Na <strong>África</strong>, uns poucos rios de grande porte, que se colocam entre os mais<br />

importantes do mundo, drenam imensas bacias, quase to<strong>da</strong>s situa<strong>da</strong>s na zona<br />

intertropical. Os regimes desses rios estão ligados às condições de alimentação<br />

pluvial <strong>da</strong>s vertentes de suas bacias.<br />

O Zaire é o exemplo mais típico de rio equatorial com duas máximas<br />

equinociais. Sua rede estende -se por quase 4 milhões de quilômetros quadrados,<br />

entre 12 o S e 9 o N. Assim, por intermédio do Kasai e do Lualaba, ele cruza<br />

regiões austrais com máxima pluvial nos solstícios. Seu principal afluente do<br />

hemisfério norte é, ao contrário, alimentado pelas chuvas do solstício boreal,<br />

enquanto uma grande parte de seu curso se estende por regiões com duas<br />

máximas pluviais equinociais, A combinação de diferentes intumescências gera,<br />

em Kinshasa, um regime hidrológico com duas máximas (em março e em julho).<br />

O Zaire é um rio abun<strong>da</strong>nte e regular, cujo débito médio anual de 40.000 m 3 /s<br />

só é superado pelo do Amazonas.<br />

O Nilo, que através de seu braço de origem, o Kagera, tem suas cabeceiras<br />

em Ruan<strong>da</strong> e Burundi, recebe águas equatoriais que se espalham pelos pântanos<br />

do Bahr el -Ghazal. Após atravessar o lago Vitória, é reforçado pelos afluentes<br />

tropicais provenientes <strong>da</strong>s montanhas <strong>da</strong> Etiópia. O Nilo Azul e o Atbara, que<br />

têm um regime de máxima solsticial, permitem que o Nilo atravesse uma imensa<br />

área desértica antes de alcançar o Mediterrâneo. Apesar de sua grande extensão,<br />

sem igual na <strong>África</strong> (6700 km), o Nilo é pouco volumoso, possuindo um débito<br />

médio anual inferior a 3000 m 3 /s. Porém tem sido, desde a Antigui<strong>da</strong>de, um<br />

dos rios mais úteis do mundo.<br />

O Níger, cuja bacia se estende de 5° N a 16° N, possui um regime mais<br />

complexo. Ele descreve uma extensa curva, de traçado bastante original. Nasce<br />

na faixa montanhosa do Atlântico e dirige -se para o Saara, orientando -se,<br />

depois, para o golfo <strong>da</strong> Guiné, onde deságua por um vasto delta. Assim, os cursos<br />

superior e inferior atravessam regiões meridionais de clima tropical úmido. O<br />

curso médio demora -se em um “delta interior” de clima saheliano e curva-<br />

-se com dificul<strong>da</strong>de na região subdesértica de Tombuctu, antes de receber um<br />

volume de água ca<strong>da</strong> vez maior em direção à jusante. A estação chuvosa traz<br />

duas cheias simultâneas, uma no curso superior e outra no curso inferior. Mas a<br />

primeira, que se manifesta até o Níger, declina gradualmente em consequência

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