29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Classificação <strong>da</strong>s línguas <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

constituem dois grupos claramente delimitados, um norte e um sul. Este<br />

fato, associado à diversi<strong>da</strong>de interna, principalmente do grupo norte, levou<br />

Dalby a sugerir que se abandonasse o conceito de oeste -atlântico e que se<br />

considerasse independente o subgrupo sul, constituído pelo grupo sudoeste-<br />

-atlântico de Greenberg, com exceção do limba. Para este grupo, ele propõe o<br />

termo “mel” 34 . No entanto, num estudo mais recente, David Sapir, apoiado em<br />

evidências glotocronológicas, reafirma a uni<strong>da</strong>de básica do oeste -atlântico, tal<br />

como foi concebido tradicionalmente, e inclui o limba no ramo sul 35 . Como<br />

principal inovação, esse estudioso propõe que se classifique o bidjago, língua<br />

<strong>da</strong>s ilhas Bidjago, em um ramo separado, <strong>da</strong> classe dos ramos norte e sul, o que<br />

corresponde à minha impressão sobre a divergência desta língua. Convém notar<br />

que o fulfulde (fula ou fulea), considerado como língua camítica por Meinhof e<br />

objeto de muita controvérsia, se inclui agora, de comum acordo, no grupo oeste-<br />

-atlântico. A classificação do oeste -atlântico é, portanto, a seguinte:<br />

Ramo norte: 1. a) fula, seereer, b) wolof; 2. grupo noon; 3. dyola, mandjaco,<br />

balante; 4. a) ten<strong>da</strong>, basari, bedik, konyagi, b) biafa<strong>da</strong>, pajade, c) kobiana, banhum,<br />

d) nalu.<br />

Ramo sul: 1. sua (kunante); 2. a) temne -baga, b) sherbro -krim, kisi, c) gola;<br />

3. limba.<br />

Bidjago.<br />

Outro grupo importante dentro do níger -congo é o gur, também chamado<br />

voltense, sobretudo na literatura francesa. As sugestões mais recentes para a<br />

subclassificação do grupo gur são as de Bendor -Samuel, de quem seguimos aqui<br />

as linhas básicas. Convém observar que a maior parte <strong>da</strong>s línguas considera<strong>da</strong>s<br />

gur pertencem a um subgrupo bastante grande que Bendor -Samuel denomina<br />

gur central 36 ; esse subgrupo corresponde ao grupo mossi -grunshi <strong>da</strong>s pesquisas<br />

anteriores. O gur central pode ser dividido em três subgrupos: 1. more -gurma; 2.<br />

grupo grusi; 3. tamari. Os outros subgrupos do gur são: 1. bargu (bariba); 2. lobiri;<br />

3. bwamu; 4. kulango; 5. kirma -tyurama; 6. win; 7. grupo senufo; 8. seme; 9. dogon.<br />

Ain<strong>da</strong> que se admita a existência de um grupo kwa, distinto do benue -congo<br />

acima mencionado, existem dois subgrupos, o kru no extremo oeste e o ijo no<br />

extremo leste cuja pertinência ao kwa pode ser considera<strong>da</strong> duvidosa. Feitas<br />

34 DALBY, D. A. 1965, p. 1 -17.<br />

35 Ver SAPIR, D., p. 113 -40, na coleção dirigi<strong>da</strong> por SEBEOK. SAPIR, no entanto, faz algumas ressalvas<br />

a respeito <strong>da</strong>s conclusões cita<strong>da</strong>s no texto.<br />

36 Para detalhes sobre os subgrupos, estou seguindo J. T. BENDOR -SAMUEL. In: T. A. SEBEOK, op.<br />

cit., p. 141 -78.<br />

331

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!